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Mercado prevê queda da Selic, mas só a partir do segundo semestre

É o que indica a cotação da taxa DI, usada por analistas financeiros como uma referência para o comportamento dos juros básicos no país

atualizado

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Pessoas observam o telão da Bolsa de Valores, a B3, na Rua XV de Novembro, região central de São Paulo 1
1 de 1 Pessoas observam o telão da Bolsa de Valores, a B3, na Rua XV de Novembro, região central de São Paulo 1 - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O mercado financeiro acredita numa queda da taxa básica de juros no Brasil, a Selic, mas somente a partir de julho e, com maior ênfase, nos meses de agosto e setembro. Mesmo assim, o corte seria de cerca de 0,15 ponto percentual. É isso o que indica o comportamento da taxa DI, utilizada para indexar diversos tipos de contratos no país, como CDBs, LCIs e debêntures.

O valor da Selic, atualmente fixado em 13,75% ao ano, será anunciado nesta quarta-feira (22/3), após reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), em Brasília. O governo exerce grande pressão pelo corte da taxa. A maioria dos agentes econômicos, contudo, não acredita numa redução.

A taxa DI é formada com base na troca diária de dinheiro entre bancos. A cotação de contratos com base nesse indicador é apresentada no site da Bolsa de Valores, a B3. Em geral, ela fica num patamar 10% inferior à Selic.

Nesta terça-feira (21/3), para contratos com vencimento em abril, está definida em 13,65% ao ano, o que reflete quase os atuais 13,75% da Selic. O valor da DI só cai para 13,59%, em julho, e para 13,53%, em agosto. Em setembro, alcança 13,46%. Ou seja, quedas só a partir do segundo semestre.

Até o fim deste ano, o Copom realiza mais seis reuniões, sem contar a desta quarta, nas quais poderá mudar o curso da Selic. Elas ocorrerão nos meses de maio, junho, agosto, setembro, novembro e dezembro.

A taxa DI, observa Ricardo Rocha, professor da escola de negócios Insper, em São Paulo, reflete em grande medida a expectativa do mercado a respeito das decisões do Copom. “É com base nesses dados que eu não apostaria numa redução dos juros na reunião do órgão desta quarta”, diz.

Para o fim do ano, a expectativa do mercado é diferente. No último levantamento realizado pelo BC com analistas financeiros, divulgado no Relatório Focus, a previsão é de que a Selic termine 2023 em 12,75%. Ou seja, um ponto percentual abaixo do patamar de hoje.

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