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Marfrig reverte lucro e fecha 3º tri com prejuízo de R$ 112 milhões

A receita da Marfrig, segunda maior produtora de carne bovina do mundo, diminuiu 2,1%, também na comparação anual, para R$ 35,6 bilhões

atualizado

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1 de 1 imagem colorida fábrica Marfrig - Metrópoles - Foto: Divulgação

A Marfrig, segunda maior produtora de carne bovina do mundo e líder na produção de hambúrgueres, reportou um prejuízo líquido de R$ 112 milhões no terceiro trimestre deste ano, de acordo com dados divulgados pela companhia na noite de segunda-feira (13/11).

Com o resultado obtido no período entre julho e setembro de 2023, a empresa reverte o lucro de R$ 431 milhões que registrou no terceiro trimestre do ano passado.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 2,56 bilhões, um recuo anual de 32,5%.

A receita da Marfrig diminuiu 2,1%, também na comparação anual, para R$ 35,6 bilhões.

Os resultados negativos do trimestre refletem, em parte, o prejuízo de R$ 262 milhões registrado pela BRF. Cerca de 40% do prejuído da dona das marcas Sadia e Perdigão está incorporado ao balanço da Marfrig.

Em setembro, a BRF anunciou que a Marfrig aumentou sua participação na companhia. A empresa passou a deter 673,8 milhões de papéis da BRF, entre ações ordinárias e American Depositary Receipts (ADRs), que são certificados emitidos no exterior que representam ações de uma companhia. Isso equivale a 40,05% do total das ações de emissão da BRF.

Marfrig-Minerva, um negócio bilionário

No fim de agosto, a Minerva anunciou a compra de 16 unidades de abate e desossa de bovinos e ovinos da Marfrig.

De acordo com analistas, especialistas no setor do agronegócio e agentes do mercado ouvidos pela reportagem do Metrópoles, a Minerva busca incrementar as exportações de carne bovina in natura, enquanto a Marfrig pretende deixar de ser vista apenas como frigorífico, para assumir uma posição de empresa de alimentos focada em itens de maior valor agregado, como hambúrgueres e produtos da BRF.

Essa estratégia, que vem sendo delineada pelo menos desde 2018, foi impulsionada nos últimos meses. Em julho deste ano, a Marfrig aumentou sua posição acionária na BRF com uma oferta de ações de R$ 5,4 bilhões. Com a operação, a BRF passou a ter dois acionistas com uma participação combinada de mais de 50% do capital – a Marfrig e o fundo saudita Salic.

No caso da Marfrig, além de um reposicionamento no mercado, um dos objetivos principais com a operação é reduzir a alavancagem financeira – ou seja, diminuir a dívida. A alavancagem é o uso de determinados recursos para aproveitar oportunidades de multiplicar os resultados. Em linhas gerais, ela funciona como um limite de crédito, possibilitando investimentos de valores maiores do que se tem em conta, o que gera endividamento.

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