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IPCA de fevereiro acelera 0,83% e fica acima da previsão do mercado

O índice que registra a inflação oficial do Brasil foi puxado pela área de educação, que anotou o maior aumento no mês passado, de 4,98%

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou em fevereiro e ficou em 0,83%. A expectativa mediana do mercado era de avanço de 0,79%. Em janeiro, o indicador, que mede a inflação oficial do país, ficou em o,42%. A informação foi divulgada nesta terça-feira (12/3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os preços do grupo de educação tiveram o maior crescimento (4,98%) e o maior impacto (0,29 ponto percentual) no total. No ano, o IPCA acumula alta de 1,25% e, nos últimos 12 meses, de 4,50%. Em fevereiro de 2023, a variação havia sido de 0,84%.

Dos nove grupos pesquisados, sete tiveram alta em fevereiro. Nas atividades de educação, a maior contribuição veio dos cursos regulares (6,13%). “Esse resultado se deve aos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida. As maiores altas vieram do ensino médio (8,51%), do ensino fundamental (8,24%), da pré-escola (8,05%) e da creche (6,03%). Também houve aumento na inflação de curso técnico (6,14%), ensino superior (3,81%) e pós-graduação (2,76%).

Além da educação, outros grupos tiveram altas expressivas, como a “alimentação e bebidas”, que registrou aumento de 0,95%, com impacto de 0,20 ponto percentual (p.p.) no IPCA do mês. Na alimentação no domicílio, a alta foi de 1,12%, com influência dos aumentos de preços da cebola (7,37%), da batata-inglesa (6,79%), das frutas (3,74%), do arroz (3,69%) e do leite longa vida (3,49%).

“Neste caso, houve influência do clima, por conta de temperaturas mais elevadas e um maior volume de chuvas”, diz Almeida. Já a alimentação fora do domicílio teve alta de 0,49%, acelerando em relação ao mês de janeiro, quando registrou inflação de 0,25%. O subitem “refeição” foi outro cujos preços aceleraram: 0,67% em fevereiro contra 0,17% em janeiro. Já o “lanche” fechou em 0,25%, desacelerando em relação ao mês anterior (0,32%).

Pressão dos transportes

A inflação de fevereiro também foi pressionada pelo grupo “transportes”, com alta de 0,72% e impacto de 0,15 p.p. no total do IPCA. Se por um lado as passagens áreas tiveram o maior impacto positivo (-0,09 p.p.) de todo o índice, com queda de 10,71%, por outro, todos os combustíveis pesquisados tiveram alta: o etanol (4,52%), o gás veicular (0,22%), o óleo diesel (0,14%) e, principalmente, a gasolina (2,93%), que apresentou o maior impacto individual de toda a pesquisa (0,14 p.p.). Ainda em “transportes”, também foi observado alta nos subitens “táxi” (0,64%) e “ônibus urbano” (1,91%).

No grupo “habitação” (0,27%), destacam-se a alta da taxa de água e esgoto (0,11%) e a queda em gás encanado (-1,40%). Já em “comunicação”, com inflação de 1,56%, o resultado foi pressionado pelas altas de TV por assinatura (4,02%) e do combo de telefonia, internet e TV por assinatura (3,29%).

Elevação generalizada

O IPCA também analisa a inflação regional. Em fevereiro, todas as áreas de abrangência da pesquisa tiveram alta de preços, com a maior variação em Aracaju (1,09%), influenciada pela gasolina (10,45%). Já o menor resultado foi registrado em Rio Branco (0,26%), por causa da queda nos preços da passagem aérea (-19,37%).

INPC tem alta de 0,81% em fevereiro

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 0,81% em fevereiro, acima do registrado no mês anterior (0,57%). No ano, o INPC acumula alta de 1,38% e, nos últimos 12 meses, de 3,86%, acima do observado nos 12 meses imediatamente anteriores (3,82%). Em fevereiro de 2023, a taxa foi de 0,77%.

Os produtos alimentícios tiveram variação de 0,95%, enquanto os não alimentícios registraram 0,77%. Todas as áreas registraram alta, com a maior variação em Aracaju (1,01%), influenciada pela alta da gasolina (10,45%), e a menor variação em Goiânia (0,51%), puxada pelas quedas da passagem aérea (-23,75%) e das carnes (-1,40%).

Entenda as pesquisas

O IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, enquanto o INPC, as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju. O próximo resultado do IPCA, referente a março, será divulgado em 10 de abril.

 

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