IPCA-15: prévia da inflação desacelera em abril e fica em 0,57%
Resultado do IPCA-15 em abril representa desaceleração em relação a março, quando foi de 0,69%; em 12 meses, índice fica em 4,16%
atualizado
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,57% em abril, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (26/4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado representa desaceleração em relação ao mês passado, quando o índice foi de 0,69%.
O IPCA-15 veio abaixo das projeções do mercado financeiro. O consenso Refinitiv estimava inflação de 0,61% neste mês.
No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 4,16%, abaixo do registrado nos 12 meses até março (5,36%). Nesse caso, os analistas esperavam índice de 4,2%.
Em abril do ano passado, o IPCA-15 ficou em 1,73%.
Segundo o IBGE, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados em abril registraram alta na comparação com março.
O maior impacto sobre o resultado do IPCA-15 foi do grupo de transportes, com variação de 1,44%.
Veja a variação de preços por grupo pesquisado
Transportes: 1,44%
Saúde e cuidados pessoais: 1,04%
Habitação: 0,48%
Vestuário: 0,39%
Despesas pessoais: 0,28%
Educação: 0,11%
Artigos de residência: 0,07%
Comunicação: 0,06%
Alimentação e bebidas: 0,04%

Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país KTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY / Getty Images

Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda Olga Shumytskaya/ Getty Images

Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles Javier Ghersi/ Getty Images

No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras boonchai wedmakawand/ Getty Images

De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas Eoneren/ Getty Images

No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda selimaksan/ Getty Images

No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros Adam Gault/ Getty Images

Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas Javier Zayas Photography/ Getty Images

Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido coldsnowstormv/ Getty Images