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Inflação vem dentro do esperado e não muda plano do BC, avalia mercado

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,28% no mês passado, segundo o IBGE

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Vinicius Schmidt/Metropoles
Mercado - inflação - IPCA - Alimentos
1 de 1 Mercado - inflação - IPCA - Alimentos - Foto: Vinicius Schmidt/Metropoles

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, veio dentro das expectativas do mercado. O resultado do mês passado não deve mudar o plano de voo do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que deve manter o ritmo de cortes da taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual.

A avaliação é de economistas e agentes do mercado consultados pelo Metrópoles logo após a divulgação do dado de inflação pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na manhã desta terça-feira (12/12).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,28% no mês passado. O resultado de novembro mostra que a inflação acelerou em relação a outubro, quando foi de 0,24%.

No acumulado de 12 meses, até novembro, a inflação oficial do país foi de 4,68%. No ano, a inflação acumulada é de 4,04%.

O resultado veio praticamente em linha com as estimativas dos analistas. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, previa inflação mensal de 0,3% e, no acumulado de 12 meses, um índice de 4,7%. A meta de inflação para este ano é 3,25%. Como há intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.

“A baixa média dos núcleos, em conjunto com os serviços subjacentes em patamar historicamente baixo, reforça um cenário desinflacionário mais consistente no curto prazo. Por outro lado, é importante reconhecer que o melhor momento dos alimentos ficou para trás. Este parece ser o principal desafio para 2024”, afirma Igor Cadilhac, economista do PicPay.

“Olhando à frente, por ora mantemos nossa projeção para 2023 em 4,5%, mas revisamos a nossa estimativa de 2024 para 3,7%. Eventuais riscos de baixa seguem vindo, principalmente, do bom contágio dos preços de bens sobre os demais, incluindo petróleo; do comportamento dos núcleos e sua inércia; e do combate à inflação de forma sincronizada mundo afora”, avalia Cadilhac.

“Do outro lado, temos monitorado o mercado de commodities agrícolas e softs, incluindo os eventuais efeitos do El Niño sobre cereais leguminosas e oleaginosas, e os aumentos salariais dado o baixo desemprego, os ganhos reais recentes e a regra do salário mínimo.”

Segundo André Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, o resultado da inflação em novembro não mudará a rota da autoridade monetária em relação à taxa Selic. A elevação dos juros é o principal instrumento dos bancos centrais para controlar a inflação.

“O mercado já esperava que, mesmo com o dado atual, o BC não iria mudar o plano de voo de cortes de -0,5% em -0,5% na Selic. Acredito que o rumo do juros nos EUA deve dar o tom do nosso ritmo da Selic, para que o BC mantenha um diferencial de juros ainda atrativo para o investidor estrangeiro, condizente com um risco de país emergente, e para que não venha a ter impacto negativo no nosso câmbio ou provoque uma desvalorização acentuada do real”, afirma.

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