metropoles.com

Hurb recebe notificação e terá de comprovar condição de honrar pacotes

O prazo para que a Hurb comprove ter condições financeiras se encerra à meia-noite de quinta-feira (4/5); empresa foi alvo de 7 mil queixas

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução
hurb
1 de 1 hurb - Foto: Reprodução

A agência de viagens Hurb (ex-Hotel Urbano) recebeu nesta quarta-feira (3/5) uma notificação da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça, que exige a comprovação de que a empresa tem recursos para cumprir com as vendas de pacotes de viagens a seus clientes.

O prazo para que a Hurb comprove ter condições financeiras se encerra à meia-noite de quinta-feira (4/5). Em caso de descumprimento, a companhia terá de pagar uma multa diária que pode chegar a R$ 50 mil, além de ter suas atividades suspensas.

A medida foi publicada na edição de sexta-feira (28/4) do Diário Oficial da União, mas a empresa ainda não havia sido notificada.

No dia 24 de abril, a Senacon abriu um procedimento administrativo para apurar a conduta da Hurb – nesse caso, o prazo para a manifestação da empresa é de 20 dias.

A medida foi tomada depois de o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) encaminhar um relatório à Senacon a respeito da venda de pacotes de viagens por parte da empresa durante a pandemia de Covid-19.

De acordo com o DPDC, a Hurb vendeu pacotes “sem se preocupar em reunir condições efetivas ou lastro financeiro para cumprimento das suas obrigações contratuais correspondentes”.

Entre janeiro e o dia 18 de abril, a Hurb foi alvo de 7.737 queixas formais, em sua maioria relacionadas a publicidade enganosa, oferta não cumprida e serviço não fornecido. O número corresponde a mais da metade das 12.764 reclamações formalizadas em todo o ano passado.

Nas últimas semanas, por causa de atrasos ou falta de pagamento da plataforma, vários hotéis e pousadas suspenderam reservas feitas pela Hurb. O fato levou a que clientes relatassem problemas com reservas, voos e hospedagens. O fundador e CEO da empresa, João Ricardo Mendes, renunciou ao cargo na semana passada.

A empresa também é alvo de uma ação civil pública apresentada pelo Instituto Brasileiro de Cidadania (Ibraci) junto à na 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. O órgão pede o bloqueio judicial das contas bancárias da empresa e de seus sócios e acionistas administradores, com o objetivo de garantir o pagamento de indenizações para os consumidores que se sentiram lesados.

Compartilhar notícia

Todos os direitos reservados

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNegócios

Você quer ficar por dentro das notícias de negócios e receber notificações em tempo real?