Copel aprova reforma no estatuto que abre caminho para privatização
Acionistas da Copel, estatal de energia do Paraná, aprovaram mudanças na quarta-feira. Modelo escolhido será aos moldes da Eletrobras
atualizado
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Acionistas da Copel, estatal de energia do Paraná, aprovaram uma reforma em seu estatuto que abre caminho para o avanço da privatização da empresa.
A mudança permitirá à Copel se transformar em sociedade com capital disperso e sem acionista controlador, no chamado modelo de “corporação”.
O novo formato foi aprovado em assembleia geral extraordinária na quarta-feira (7/6).
O modelo é semelhante ao adotado pela Eletrobras em seu processo de privatização. Assim, o governo, hoje principal acionista, não poderá exercer direitos correspondentes a mais de 10% do total de votos.
Enquanto isso, o governo, na condição de principal acionista hoje, terá direito a ações Golden Share, de uma classe especial.
A Copel, ou Companhia Paranaense de Energia, foi fundada em 1954 e tem como acionista controlador o governo do estado do Paraná. A gestão atual, do governador Ratinho Júnior (PSD), vem empregando esforços nos últimos anos para privatizar a companhia.
Copel no Novo Mercado da B3
Na mesma assembleia, os acionistas também aprovaram outras medidas, como a listagem da Copel no Novo Mercado da B3, a bolsa de valores. O segmento é destinado às empresas que têm elevadas práticas de governança corporativa.
Para ingressar no Novo Mercado e concluir a transformação em corporação, a Copel precisará ainda fazer ajustes como converter ações de classe A e B em ações ordinárias.
A Copel também deve colocar novas ações ordinárias à venda na bolsa de valores.
As mudanças foram divulgadas em comunicado da companhia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Na nota, a Copel também informou que a deliberação ocorrida na assembleia está sob condição suspensiva, isto é, só passa a valer após a potencial oferta pública de ações que transformará o modelo da Copel.