O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), voltou a cair em março deste ano, após registrar alta em fevereiro. O indicador recuou para 49,9 pontos, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (10/3).
O resultado representa uma queda de 0,7 ponto em relação a fevereiro – quando o índice subiu 2 pontos, de 48,6 para 50,6, interrompendo uma série negativa de quatro meses consecutivos.
Na pesquisa da CNI, a variação é de 0 a 100 pontos, com uma linha divisória de 50 pontos. Resultados abaixo dessa “nota de corte” mostram desconfiança. Acima dos 50, confiança.
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De acordo com a CNI, a perda de confiança na indústria se deve, principalmente, à piora na avaliação das condições atuais da economia do país.
O Índice de Condições Atuais caiu 1,7 ponto neste mês, para 44,2. Já o Índice de Expectativas se manteve praticamente estável, com leve queda de 0,2 ponto, para 52,7.
“Está sendo muito difícil para o empresário ler esse cenário. Ele está oscilando muito nos últimos meses entre confiança e falta de confiança. Há uma contaminação muito grande da avaliação das condições correntes de negócio”, avalia o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
Os empresários da indústria se dizem otimistas em relação aos seus próprios negócios (56,1 pontos), mas demonstram pessimismo sobre o desempenho da economia brasileira (46 pontos).
Para o levantamento da CNI, realizado entre os dias 1º e 7 de março, foram consultadas 1.396 empresas: 559 de pequeno porte, 510 de médio porte e 327 de grande porte.
