Com queda da Petrobras, Bolsa não acompanha melhora do exterior

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou a sessão de hoje com queda de 0,2%, aos 102.932 pontos. Com isso, a Bolsa alcançou mais uma vez o menor nível registrado desde dezembro de 2022.

Nos mercados globais, o dia foi de águas mais calmas. A crise nos bancos americanos deu uma trégua nesta terça-feira (14/3), conforme ficou mais claro que a falência do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank não é um evento que deve se tornar sistêmico, desencadeando uma forte recessão econômica, como em 2008.

Ontem (13/3), autoridades americanas anunciaram linhas de auxílio ao setor financeiro. Os bancos hoje iniciaram um processo de captação de recursos e a corrida de saques, causada pelo pânico que se espalhou na população, também arrefeceu. Com isso, tanto as ações dos bancos quanto as próprias bolsas americanas se recuperaram.

Por aqui, a desvalorização de quase 2% da Petrobras, a segunda empresa de maior peso no Ibovespa, foi determinante para que o mercado local não seguisse os passos das bolsas americanas. A queda da empresa foi motivada pelo recuo na cotação do petróleo no exterior.

Outra empresa que freou o desempenho da Bolsa brasileira foi a Natura. A empresa anunciou um prejuízo líquido de R$ 890,4 milhões no quarto trimestre de 2022. O resultado representou uma reversão do lucro de R$ 695,5 milhões, anotado no mesmo período de 2021.

No acumulado de 2022, o prejuízo da Natura foi de R$ 2,86 bilhões. Número que também representou uma reversão do lucro de R$ 1,04 bilhão, registrado ao longo de 2021.

No fim do dia, as ações da empresa de cosméticos recuaram 17% e ficaram na terceira posição de empresas mais negociadas no pregão de hoje da Bolsa.

Dólar

A melhora no exterior fez com que o dólar encerrasse a terça-feira em queda de 0,2%. A moeda americana ficou cotada em R$ 5,25.