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Com mensalidades escolares, educação puxa inflação de fevereiro

Educação representou o maior impacto sobre o IPCA de fevereiro (0,35 ponto percentual) e a maior variação (6,28%); taxa é a maior desde 2004

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1 de 1 Cadernos - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O grupo de educação foi o maior “vilão” da inflação registrada em fevereiro deste ano, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (10/3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,84% em fevereiro, resultado que veio acima das estimativas do mercado. Em janeiro, o IPCA ficou em 0,53% e, em dezembro de 2022, em 0,62%.

O ensino médio registrou a maior alta do mês no grupo de educação (10,28%), seguido de perto pelo ensino fundamental (10,06%). Em seguida, aparecem pré-escola (9,58%) e creche (7,2%).

O maior peso sobre o índice veio, no entanto, do ensino fundamental, com impacto de 0,15 ponto percentual no resultado geral da inflação no mês.

Também houve altas relevantes em ensino superior (5,22%), cursos técnicos (4,11%) e pós-graduação (3,44%). Os cursos regulares, que reúnem todas essas categorias, tiveram aumento médio de preços de 7,58%.

“Fevereiro é sempre muito marcado pela educação, pois os reajustes efetuados pelos estabelecimentos de ensino na virada do ano são contabilizados neste mês. Normalmente, a alta de educação fica indexada ao próprio IPCA, ou seja, o reajuste das mensalidades é baseado na inflação do ano anterior”, explica o gerente da pesquisa feita pelo IBGE, Pedro Kislanov.

Assim, a educação representou o maior impacto sobre o IPCA do mês (0,35 ponto percentual) e a maior variação (6,28%). É a taxa mais alta desde fevereiro de 2004 (6,7%).

Outros grupos

Em seguida, aparecem os grupos de saúde e cuidados pessoais (1,26%) e habitação (0,82%), que responderam por 0,16 ponto percentual e 0,13 ponto percentual, respectivamente.

Por outro lado, transportes (0,37%) e alimentação e bebidas (0,16%) tiveram variações menores do que as registradas no mês anterior.

Em transportes (0,37%), a maior contribuição (0,05 ponto percentual) foi da gasolina (1,16%), único combustível a ter alta em fevereiro. Etanol (-1,03%), gás veicular (-2,41%) e óleo diesel (-3,25%) caíram.

Os preços das passagens aéreas, por sua vez, recuaram 9,38%.

Vestuário com variação negativa

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, apenas vestuário registrou variação negativa de preços (-0,24%). O resultado foi impulsionado pela queda nas roupas masculinas (-0,58%) e femininas (-0,45%).

Veja a variação de todos os grupos pesquisados

  • Educação: 6,28%
  • Saúde e cuidados pessoais: 1,26%
  • Comunicação: 0,98%
  • Habitação: 0,82%
  • Despesas pessoais: 0,44%
  • Transportes: 0,37%
  • Vestuário: -0,24%
  • Alimentação e bebidas: 0,16%
  • Artigos de residência: 0,11%

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