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Apesar do incentivo, venda de carros em junho está abaixo do previsto

Para o consultor Cássio Pagliarini, programa do governo federal de apoio às montadoras não vai decolar sem a participação de locadoras

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1 de 1 Imagem colorida de indústria automobilística - Foto: Getty Images

O incentivo do governo federal ao setor automotivo, conhecido como o programa do carro popular, será inócuo para a indústria sem a participação das locadoras. A avaliação é do consultor Cássio Pagliarini, da Bright Consulting, empresa especializada nesse segmento.

Pagliarini diz que as locadoras, que permanecem fora do programa, são responsáveis pela aquisição de 30% do volume total de veículos leves produzidos no país. “Ou seja, sem elas, as montadoras perdem um cliente muito forte”, diz.

Com o início do programa, a Bright previa a venda de 182.551 carros em junho, o que equivalente a uma média diária de 8.693 veículos. Esse número, contudo, está em 6,8 mil, o que resultá num total mensal de entre 150 mil e 155 mil automóveis comercializados. Ou seja, por enquanto, as vendas estão aquém do esperado.

Pagliarini observa, porém, que o total de carros novos emplacados nesta segunda-feira (28/6) superou as expectativas. Ele atingiu 13.996 veículos. “Se o número se mantiver nesse patamar nesta semana, podemos ter um resultado melhor dos negócios em junho”, afirma. “Mas, ainda assim, as compras feitas por pessoas físicas não vão compensar a ausência das locadoras no mercado.”

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), não há previsão de entrada das locadoras no programa. O anúncio inicial da medida previa que esse ingresso ocorresse em meados de junho.

Nesta segunda, o presidente Lula decidiu autorizar a liberação de mais R$ 300 milhões para o programa de incentivo à venda de carros no Brasil. O montante se somará aos R$ 500 milhões liberados pelo governo inicialmente, valor que já se esgotou.

Iniciado em junho, o programa oferece descontos que vão de R$ 2 mil a R$ 8 mil para a aquisição de veículos que custam até R$ 120 mil, o que inclui cerca de 45% dos modelos disponíveis no mercado. No caso de ônibus e caminhões, o corte vai de R$ 36 mil a R$ 99 mil, dependendo do tamanho e do grau de emissão de poluentes dos veículos.

Com a iniciativa do governo em curso, a Volkswagen anunciou nesta terça (27/6) a suspensão temporária da produção de carros em suas três fábricas no Brasil. De acordo com a empresa, a medida foi adotada por “estagnação do mercado”.

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