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Ações da Vale sobem com notícia de que Lula desistiu de Mantega

Por volta das 15h15, os papéis da Vale registravam valorização de 1,38% e eram negociados a R$ 69,30, alavancando o Ibovespa

atualizado

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Antônio Cruz/Agência Brasil
Guido Mantega com caneta na mão / Metrópoles
1 de 1 Guido Mantega com caneta na mão / Metrópoles - Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Depois de fechar o último pregão da Bolsa de Valores do Brasil em baixa de mais de 2%, as ações da Vale engataram alta no início da tarde desta sexta-feira (26/1), depois de vir à tona a informação de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desistiu de designar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega ao comando da empresa.

Por volta das 15h15, os papéis da Vale registravam valorização de 1,38% e eram negociados a R$ 69,30, alavancando o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira.

Um pouco antes, às 14 horas, as ações da Vale chegaram a subir 1,99%, a R$ 69,75.

A informação de que Lula desistiu de emplacar Mantega no comando da Vale foi publicada pelo jornal O Globo. Há a expectativa de que o ex-ministro divulgue uma carta, ainda nesta sexta, na qual deve afirmar que abre mão de dirigir a companhia ou de integrar seu Conselho de Administração.

Perda de valor de mercado

Como noticiado mais cedo pelo Metrópoles, a Vale já perdeu R$ 39,3 bilhões em valor de mercado apenas neste primeiro mês de 2024.

Na quinta-feira (25/1), as ações da Vale na Bolsa de Valores do Brasil (B3) encerraram o pregão em baixa de 2,2%. Desde o início do ano, os papéis da empresa desabaram 11,3%, reduzindo o valor de mercado da companhia para R$ 309,1 bilhões.

Além da suposta intenção do governo de conduzir Mantega a uma posição de destaque na Vale, a empresa sofre com um momento de baixa no preço do minério de ferro, por causa da demanda incerta da China.

Também pesou contra a Vale a notícia de que a Justiça condenou a mineradora, a BHP e a Samarco a pagarem uma multa de R$ 47,6 bilhões como indenização por danos morais coletivos, devido ao rompimento da barragem de Mariana (MG), em 2015.

A decisão judicial se deu justamente no dia em que a ruptura de outra barragem da Vale, a do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), completou cinco anos. A tragédia ocorreu em 25 de janeiro de 2019.

Efeito Mantega

A partir do momento em que o nome do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega começou a ser especulado como possível novo integrante do Conselho de Administração da Vale – ou até mesmo ocupando a presidência da empresa –, a desvalorização dos papéis da companhia se intensificou.

Desde o dia 15 de janeiro de 2024, o valor de mercado da Vale caiu R$ 14,4 bilhões. Houve uma leve recuperação entre os dias 22 e 24 deste mês, mas nada de substancial.

Apesar da pressão do governo federal, na prática, o Executivo tem poucas condições de interferir no processo sucessório da Vale. A companhia foi privatizada em 1997, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Atualmente, a Vale não possui um controlador definido, pois nenhum dos acionistas detém mais de 10% dos papéis.

O Conselho de Administração da Vale conta com 13 integrantes. Dois são indicados pela Previ, um pelo Bradesco, um pela Mitsui, um representa os funcionários da empresa, e oito são independentes.

Entre os maiores acionistas da Vale, estão o fundo de investimento BlackRock e a Cosan, do empresário Rubens Ometto, que comprou 4,9% da empresa em 2022.

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