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Abilio Diniz afirma que Milei representa uma esperança para Argentina

Empresário acredita que presidente eleito pode “descer do palanque” e “talvez não precise, nem queira”, adotar medidas radicais que cogitou

atualizado

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O empresário Abílio Diniz sorri durante uma palestra
1 de 1 O empresário Abílio Diniz sorri durante uma palestra - Foto: Reprodução/Flickr

O empresário Abilio Diniz escreveu, nesta segunda-feira (20/11), num post no LinkedIn, que a vitória de Javier Milei pode representar uma esperança para a Argentina. Ele fez uma ressalva, afirmando que as dificuldades de sucesso “serão enormes”, como se viu durante o governo liberal de Maurício Macri, que antecedeu o atual presidente, Alberto Fernández, um peronista.

Diniz acrescentou que tem “esperança de que Milei desça do palanque e talvez não precise, nem queira, seguir caminhos tão radicais como vinha anunciando na campanha”. Então candidato, o presidente eleito havia proposto a dolarização da economia e o fechamento do Banco Central argentino.

“É possível que alguns membros de seu governo venham da equipe de centro de Patrícia Bullrich (candidata derrotada no primeiro turno, ligada a Macri). É claro que isso é apenas um desejo e uma esperança, mas não é impossível”, afirmou. 

O empresário brasileiro disse ainda que o “povo argentino merece um futuro melhor”. “O sofrimento é muito grande e vem de longo tempo. Como economista e empresário, acompanho de perto a Argentina e seu povo. E, neste momento, estou torcendo muito por Milei e por uma efetiva mudança econômica e social porque estou torcendo por todos os argentinos.”

Surpresa relativa

Diniz considera que a vitória de Milei pode não ter sido “tão surpreendente”. Para chegar a essa conclusão, cita dados da Consultoria Eurasia Group, segundo os quais “cerca de 45% da população mundial está insatisfeita e se posiciona contra os poderes constituídos e seus governantes”. “É claro que, nos países com mais dificuldades econômicas e sociais, esse descontentamento é mais acentuado”, comenta.

Para Diniz, Macri representou outra “grande esperança” de mudança, com propostas de “centro que, no papel, pareciam ser a solução” para os entraves argentinos. “Não conseguiu implantar quase nada de seus planos no seu mandato presidencial (2015- 2019). A crise se aprofundou e ele acabou entregando o país a uma velha esquerda conhecida, antiquada e fracassada. É claro que o governo do peronista Alberto Fernández só poderia dar errado”.

Inflação é só parte do problema

Na avaliação do empresário, os problemas da Argentina não se resumem à inflação, que soma 142,7%, no acumulado de 12 meses. “Ela é apenas a ponta do iceberg”, disse. “O descontrole fiscal, a desordem orçamentária, o tamanho do Estado, a enorme pobreza, a crescente insegurança pública e a imensa desigualdade social explicam melhor o sofrimento do povo argentino.”

Abilio Diniz destacou que, embora espere que Milei não enverede por caminhos radicais, é certo que mudanças virão. E citou: “Seguindo os ensinamentos de Einstein, não se pode fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”.

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