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Oposição pede novas eleições em mais um protesto na Venezuela

Os opositores dizem que só haverá um governo legítimo se houver novas eleições e exigem a marcação da data imediatamente

atualizado

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1 de 1 venezuela - Foto: Reprodução/Twitter

As forças de segurança da Venezuela dissolveram nesta segunda-feira (10/4) pela quinta vez nos últimos dez dias, uma passeata de opositores do governo de Nicolás Maduro que tinha centenas de participantes e pretendia seguir rumo ao centro da cidade para protestar contra o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) do país. Além disso, dois portais que transmitiam os protestos online tiveram o acesso bloqueado no país.

Enquanto os opositores tentavam marchar em Caracas, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, disse durante visita ao Brasil que a Venezuela precisa de um governo legítimo, o que só acontecerá com novas eleições.

Dezenas de membros da Polícia Nacional Bolivariana (PNB) e da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) fecharam novamente os acessos ao município de Libertador – um dos cinco que formam Caracas e é sede dos poderes públicos na Venezuela – governado pelo chavista Jorge Rodríguez, que afirmou que as mobilizações visam gerar violência nesta parte da capital.

O metrô de Caracas informou que 18 de suas estações subterrâneas e 19 de suas rotas terrestres de ônibus foram fechadas “para a segurança” dos usuários. Em sua conta no Twitter, o metrô de Caracas detalhou as estações que não abririam nesta segunda, entre elas Chacaíto, Chacao e Sabana Grande, os três acessos do trem subterrâneo mais próximos do ponto de concentração dos opositores que protestariam contra o TSJ.

Deputados opositores alertaram na mesma rede social que as autoridades venezuelanas limitaram o acesso de veículos nas principais estradas que levam à cidade. Antes do início das manifestações, o deputado José Manuel Olivares compartilhou imagens no Twitter nas quais era possível ver enormes filas de veículos que, segundo ele, seriam feitas com o propósito de evitar que os manifestantes chegassem à capital. “Não há obstáculo que evite nossa presença na rua, protestando de maneira pacífica contra o golpe de Estado!”, escreveu ele em sua conta no Twitter.

Já a aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) usou sua conta na rede social para denunciar casos de repressão das forças de segurança: “Manifestantes são reprimidos com bombas de gás lacrimogêneo pelas forças de segurança.”

A marcha
Os manifestantes começaram a se reunir às 10 horas (11 horas de Brasília) na praça Brión de Chacaíto, no leste da capital venezuelana, e começaram a passeata sem que o rumo da mobilização fosse esclarecido por seus dirigentes.

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