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Vídeo. Censura marca cobertura da guerra para russos e ucranianos

Imprensa ucraniana, como a russa, trabalha sob a interferência do governo. Ambas seguem recomendações políticas sobre como tratar o conflito

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Andriy Dubchak / dia images via Getty Images
militar ucraniano é e visto proximo ao shopping Retroville após um ataque de bombardeio russo que matou oito pessoas em Kiev, Ucrânia
1 de 1 militar ucraniano é e visto proximo ao shopping Retroville após um ataque de bombardeio russo que matou oito pessoas em Kiev, Ucrânia - Foto: Andriy Dubchak / dia images via Getty Images

No dicionário, censura significa julgar a conveniência de liberação de algo à exibição pública, publicação ou divulgação. Tanto os jornalistas da Rússia quanto da Ucrânia trabalham sob a interferência direta do governo em seu trabalho.

Na Rússia, a guerra não pode ser chamada de guerra. A cobertura jornalística é pautada pelas obrigações de ressaltar as “medidas anti-Rússia”, como as sanções econômicas sofridas pelos russos são tratadas no país, e propagar a tese de que a ação das tropas de Vladimir Putin foi tomada para combater “grupos neonazistas na Ucrânia”.

Na Ucrânia, a imprensa mostra a destruição das cidades e o sofrimento da população, também sempre defendendo o posicionamento do governo — mesmo que signifique exagerar nas tintas.

O Metrópoles selecionou imagens das coberturas jornalísticas dos dois países para mostrar, em vídeo, as divergências  nas informações que russos e ucranianos recebem da guerra.  

Desde a invasão russa, em 24 de fevereiro, uma guerra de narrativas domina as supostas justificativas da investida militar e na cobertura sobre a guerra. 

Tanto russos quanto ucranianos têm acesso a menos informações do conflito e de seus impactos do que outros países não envolvidos diretamente. Só são veiculadas as informações que o respectivo governo quer. 

Na Rússia, o conflito é tratado como “operação militar especial”. Quem descumpre a regra pode até ser preso. 

Os jornais mostram o que está acontecendo na Ucrânia sob o mantra da “operação militar especial para desnazificar a Ucrânia”, construção imposta pelo presidente russo, Vladimir Putin

Imagens

Imagens do conflito e de líderes, como dos presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e do ucraniano, Volodymyr Zelensky, são publicadas.

Contudo, as reportagens os tratam como inimigos do povo russo e disseminadores da “russofobia”, que seria, segundo a avaliação do governo, um sentimento estimulado pelo Ocidente.

Na Ucrânia, diariamente são mostrados vídeos e fotos de ataques, como bombardeios a áreas residenciais, hospitais e até ambulâncias, além do drama dos refugiados.

Outra abordagem são os impactos da guerra, como perdas econômicas e o desemprego. A imprensa ucraniana tenta continuar a cobertura mesmo com a intensificação dos bombardeios.

A imprensa ucraniana também repercute com bastante ênfase os discursos do presidente Zelensky e ressalta a necessidade de ajuda do Ocidente, como a doação de armas e sanções econômicas mais duras. 

No governo russo, a censura é mais clara, e Putin deixa explícito o que pode ou não ser divulgado. Na Ucrânia, Zelensky uso a lei marcial, que dá poderes especiais em momentos de exceção, para controlar a cobertura de TVs do país. 

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