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Twitter vai à Justiça para obrigar Elon Musk a comprar rede social

O microblog processou o empresário por violação do acordo de US$ 44 bilhões — cerca de R$ 231 bilhões— para a compra da plataforma digital

atualizado

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Anadolu Agency / Getty Images
Elon Musk, empresário naturalizado estadunidense. Ele tem cabelos escuros, pele clara e olhos claros- Metrópoles
1 de 1 Elon Musk, empresário naturalizado estadunidense. Ele tem cabelos escuros, pele clara e olhos claros- Metrópoles - Foto: Anadolu Agency / Getty Images

O Twitter processou o empresário Elon Musk nesta terça-feira (12/7) por violação do acordo de US$ 44 bilhões para a compra da rede social. A plataforma pediu para que um tribunal do estado de Delaware, nos Estados Unidos, obrigue o bilionário a concluir o acordo.

“Tendo montado um espetáculo público para colocar o Twitter em cena, e assinado um acordo de fusão favorável ao vendedor, Musk aparentemente acredita que ele – ao contrário das outras partes sujeitas à lei contratual de Delaware – é livre para mudar de ideia, zombar da empresa, prejudicar suas operações, destruir valor aos acionista e ir embora”, diz o processo.

Na última semana, o bilionário anunciou que rescindiu o acordo de US$ 44 bilhões para comprar o Twitter — cerca de R$ 231 bilhões. Ele alegou que a plataforma não forneceu informações sobre fake news e sobre os perfis da rede social.

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Entenda o caso

Há três meses, o homem mais rico do mundo e a empresa haviam firmado um acordo com o conselho de administração do Twitter para comprar a rede social por US$ 44 bilhões. Antes de realizar a compra, o empresário chegou a adquirir 9% das ações da rede social.

Nas últimas semanas, porém, Musk ameaçou suspender a compra a menos que a empresa mostrasse provas de que contas de spam e bots representavam menos de 5% dos usuários que veem publicidade no serviço do microblog.

A plataforma diz que os perfis fakes representam menos de 5% de sua base de 229 milhões de usuários. Segundo o empresário, uma análise parcial feita por ele a partir de dados fornecidos pela empresa mostram que o número é maior.

Ao anunciar a desistência de sua parte em cumprir o acordo de compra, ele argumentou que o Twitter violou os seus termos ao não responder a pedidos de informações sobre o tema.

Nesta semana, o Twitter afirmou que não violou as obrigações previstas no acordo e informou que no mesmo dia da desistência de Musk, em 8 de julho, já havia anunciado que entraria na justiça para manter o negócio.

Nas redes sociais, o bilionário chegou a zombar da empresa por uma possível batalha judicial. Ele publicou uma imagem com quatro frases e fotos dele ao lado de cada afirmação, dando risada.

Veja abaixo:

“Eles disseram que eu não podia comprar o Twitter. Então, eles não divulgariam informações do bot. Agora, querem me obrigar a comprar o Twitter no Tribunal. Agora, eles têm que divulgar informações do bot no Tribunal”.

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