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Rússia prepara “corpo militar africano” para substituir grupo Wagner

Quase seis meses após a rebelião do grupo paramilitar russo Wagner, o Ministério da Defesa russo trabalha em uma nova unidade vinda do Níger

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Pelagiya Tihonova/Anadolu Agency via Getty Images
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1 de 1 imagem colorida mostra quadro de Prigozhin, líder do grupo Wagner, em meio a rosas em tributo a sua morte - Metrópoles - Rússia - Foto: Pelagiya Tihonova/Anadolu Agency via Getty Images

Uma delegação da Rússia liderada pelo vice-ministro da Defesa russo, coronel-general Younous-bek Bamatguireevich Evkourov, visitou, na segunda-feira (4/12), Niamei, capital do Níger.

Esta é a primeira viagem oficial de um membro do governo russo a este país desde o golpe de 26 de julho, que perturbou as relações diplomáticas entre o Níger e seus parceiros internacionais.

​A All Eyes on Wagner, um grupo de investigação que documenta a influência russa na África, publicou, na segunda-feira, um estudo sobre o Burkina Faso, que revela que a presença russa no país está em pleno crescimento. ​

Lou Osborn, membro do grupo e coautora de “Wagner, enquête au cœur du système Prigojine” (Wagner, investigação no coração do sistema Prigozhin), das edições Faubourg-Documents, afirma que não se sabe quem dirige o grupo atualmente.

“O que sabemos é que hoje existe uma implicação forte do ministério da Defesa russo que, após a morte de Yevgeny Prigozhin, começou a viajar de maneira regular para a África, com, dentro da delegação, representantes do ministério da Defesa, mas também dos serviços secretos russos”, ele conta.

“Eu acho que precisamos começar a nos afastar um pouco do nome Wagner. [O grupo] continua sendo uma marca bastante interessante para a Rússia, mas hoje vemos realmente uma recuperação no Ministério da Defesa das atividades que o grupo estava fazendo em termos de sua presença no local [Ucrânia]. Por enquanto, não vimos nenhuma mudança significativa”, ela acrescenta.

Em sua opinião, isso poderia indicar que o grupo vai integrar progressivamente o Exército russo.

Presença da Rússia

Para Osborn, o objetivo não é transformar o grupo em uma “sucursal” do Exército destinada às parcerias externas, mas sim usá-lo como uma maneira de fortalecer a presença da Rússia no âmbito internacional.

“Fornecemos uma ferramenta que chamamos de Wagner ou com outro nome que é eficaz para espalhar sua influência e ajudar a Rússia a projetar seu poder além dos países dentro de sua proximidade geográfica”, ela analisa. “Promover a Rússia e seus interesses continua obviamente a ser uma prioridade para o Kremlin. Não importa a forma.”

​Pouco se sabe sore as lideranças do grupo após a morte de Prigozhin. “Sabemos que há um certo número de executivos que sobreviveram, que não estavam no avião, que começaram a partir para outras organizações, que são afiliadas aos serviços de segurança russos. Então isso é um pouco do que vemos, mas hoje temos poucas informações a respeito destes líderes”, continua.

No que diz respeito à queda do jato privado de Yevgeny Prigozhin, na opinião da pesquisadora, também não existe muita informação.

“É realmente difícil imaginar que eles farão uma investigação independente e completa sobre o que aconteceu. Então provavelmente nunca iremos saber. Obviamente, a hipótese mais provável é que seja um assassinato por encomenda”, ela conclui.

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