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Rússia ataca portos estratégicos da Ucrânia após suspender acordo de grãos

Força Aérea da Ucrânia informou que a Rússia bombardeou alvos nas regiões sul e leste do país, em especial, portos voltados para exportação

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Yulii Zozulia/ Ukrinform/Future Publishing via Getty Images
foto colorida de navio em porto na Ucrânia - Metrópoles
1 de 1 foto colorida de navio em porto na Ucrânia - Metrópoles - Foto: Yulii Zozulia/ Ukrinform/Future Publishing via Getty Images

A Rússia bombardeou o porto de Odessa, na Ucrânia, na madrugada desta terça-feira (18/7), um dia após suspender o acordo que estabelecia o transporte marítimo de grãos produzidos em território ucraniano. Segundo Kiev, duas cidades portuárias estratégicas para exportações foram atingidas pelas tropas adversárias com mísseis e drones.

Os ataques russos aos portos da Ucrânia ocorrem como sinal de retaliação, após uma explosão destruir parte da ponte da Crimeia, nessa segunda-feira (17). A via é essencial para o transporte de tropas e suprimentos entre a Rússia e o território ucraniano ocupado.

Além de Odessa, uma instalação do porto de Mykolaiv pegou fogo ainda na noite de segunda-feira (17). As autoridades informaram que o incêndio foi rapidamente controlado, e que não houve feridos.

Entenda por que o tratado de grãos entre a Rússia e a Ucrânia afeta o mundo inteiro

Os portos de Odessa e Mykolaiv têm acesso ao Mar Negro, por onde a Ucrânia envia as exportações de grãos. Alertas de ataque aéreo foram emitidos em várias regiões do país. O sistema de defesa foi acionado para repelir os ataques, principalmente na região de Odessa.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que teve uma conversa com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, responsável por mediar o tratado de grãos suspenso.

Segundo o líder ucraniano, a ofensiva russa e a suspensão do acordo de exportações é uma “tentativa russa de militarizar a fome e desestabilizar o mercado global de alimentos”.

“O estado terrorista colocou em risco a vida de 400 milhões de pessoas em vários países que dependem das exportações de alimentos ucranianos. A situação mais crítica está em países da África e da Ásia, como Somália, Etiópia, Sudão do Sul, Iêmen”, declarou.

Suspensão do acordo

O acordo de grãos entre Moscou e Kiev foi firmado no ano passado, por intermédio da ONU e da Turquia, e é considerado um dos únicos avanços diplomáticos na guerra. A iniciativa garantia que os navios não seriam atacados ao entrar e sair dos portos ucranianos.

Um segundo tratado facilitou o movimento de alimentos e fertilizantes russos em meio às sanções do Ocidente pela guerra na Ucrânia.

Segundo a ONU, os grãos produzidos na Ucrânia se transformam em alimento para 400 milhões de pessoas em todo o mundo. Por isso, quando a Rússia invadiu o país vizinho, em fevereiro de 2022, muitos países apontaram que a fome e a insegurança alimentar se acentuou especialmente na África e no Oriente Médio.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o acordo seria interrompido até que as exigências da Rússia para garantir suas próprias exportações agrícolas fossem atendidas.

“Quando a parte do acordo do Mar Negro relacionada à Rússia for implementada, a Rússia retomará imediatamente à implementação do acordo”, disse.

A Rússia tem se queixado de que as restrições ao transporte marítimo estariam prejudicando suas exportações de alimentos e fertilizantes. No entanto, o país exporta quantidades recordes de trigo, e os fertilizantes seguem fluindo para o comércio externo.

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