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Putin ignora discurso de Biden e diplomacia russa reclama de sanções

Presidente norte-americano subiu o tom contra as investidas russas à Ucrânia. Risco de um conflito deixou comunidade internacional em alerta

atualizado

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Russian Presidential Press and Information Office
putin presidente rússia
1 de 1 putin presidente rússia - Foto: Russian Presidential Press and Information Office

O presidente russo Vladmir Putin não assistiu ao discurso do presidente norte-americano, Joe Biden, que fez o anúncio de sanções econômicas contra a Rússia e confirmou o envio de mais tropas militares ao leste europeu. O posicionamento russo se deu pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, que classificou as novas sanções ocidentais contra o país como ilegítimas.

A terça-feira (22/2) ficou marcada pelas movimentações internacionais em torno da crise geopolítica entre Rússia e Ucrânia. Para se ter dimensão da escalada do conflito, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a União Europeia condenaram as investidas russas contra o território ucraniano.

Antes, Putin já havia defendido que a Ucrânia desista de ingressar na Otan, aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Além disso, voltou a afirmar que os ucranianos estão desenvolvendo armas nucleares, o que colocaria Moscou em risco.

No fim da tarde, Biden, ao vivo da Casa Branca, em Washington, anunciou sanções econômicas a bancos e à elite financeira da Rússia. O presidente norte-americano impediu, por exemplo, a negociação de títulos russos no mercado financeiro.

Além dos Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido e União Europeia já determinaram sanções contra a Rússia. Na prática, a comunidade internacional quer isolar Putin e evitar um confronto armado.

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“Nós não seremos enganados”

Biden defendeu que Putin está avançando sob o território ucraniano e desrespeitando leis e acordos internacionais, o que considerou inaceitável. Este é, até então, o momento mais tenso da crise geopolítica.

“A Rússia anunciou que vai pegar uma parte do território da Ucrânia, permitiu a entrada de militares e está avançando”, frisou o norte-americano, em pronunciamento. Ele completou: “Putin atacou o direito da Ucrânia de existir”.

O presidente dos EUA anunciou o bloqueio de dois bancos russos – um deles é militar, o que impede que a Rússia venda títulos no mercado internacional –, além de restrições para políticos e seus familiares.

“Os Estados Unidos vão defender cada milímetro do território da Otan. Achamos que Putin irá avançar ainda mais e irá atacar a Ucrânia. Temos a intenção de lutar contra a Rússia. Se a Rússia avançar, terá de arcar com as responsabilidades. Nós não seremos enganados”, ressaltou.

Crise em escalada

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos.

Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existiam desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).

Nos últimos dias, a crise aumentou. A Rússia enviou soldados para a fronteira com a Ucrânia, reconheceu duas regiões separatistas ucranianas como repúblicas independentes e tem intensificado as atividades militares. A Rússia invadiu a Ucrânia em 2014, quando anexou a Crimeia ao seu território.

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