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Protestos antecedem cúpula do G7 na Alemanha, que começa neste domingo

Atos contra as políticas das maiores economias do Ocidente ficaram aquém do esperado, reunindo cerca de 4 mil pessoas em Munique

atualizado

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Johannes Simon/Getty Images
Protestos contra os líderes reunidos para a cúpula do G7 em Munique, na Alemanha
1 de 1 Protestos contra os líderes reunidos para a cúpula do G7 em Munique, na Alemanha - Foto: Johannes Simon/Getty Images

Milhares de pessoas protestaram no sábado (25/06) em Munique antes do início da cúpula do G7 na Alemanha, atual presidente do grupo. A manifestação contra as políticas dos líderes dos principais países ocidentais, porém, foi muito menor do que o esperado.

A cúpula do G7 começa oficialmente neste domingo (26/6) e segue até terça-feira no Schloss Elmau, um hotel cinco estrelas na Alta Baviera. Além da Alemanha, como anfitriã, o encontro terá a participação de EUA, Canadá, Reino Unido, França, Itália e Japão.

De acordo com a polícia, cerca de 4 mil pessoas participaram dos atos. Segundo os organizadores, foram 6 mil pessoas – ainda assim bem abaixo do previsto.

A polícia disse que a manifestação foi pacífica e não exigiu nenhuma intervenção, com exceção de dois pequenos incidentes à margem dos atos. No fim do protesto, houve uma prisão e, como resultado, um breve confronto entre alguns manifestantes e agentes.

Dois policiais ficaram levemente feridos. No entanto, a situação se acalmou rapidamente.

Preocupação

A convocação do protesto por 15 organizações causou certa preocupação, já que nos últimos anos houve repetidos tumultos e confrontos entre manifestantes e a polícia às vésperas das reuniões do G7.

Uma das organizadoras do protesto, Uwe Hiksch, disse que o ato ficou muito aquém das expectativas.

“Temos a impressão de que muitas pessoas estão inseguras com a guerra na Ucrânia”, explicou Hiksch. Segundo ela, com o conflito, muitas pessoas que habitualmente apoiam esse tipo de iniciativa disseram que “agora não é hora de se opor aos chefes de governo”.

Muitos dos participantes vindos de outras regiões da Alemanha se disseram desapontados com a baixa adesão ao protesto.

Pessoa veste uma cabeça de urso panda de pelúcia. Ao lado, três mulheres protestam. Há cartazes escritos em alemão.

Combate à pobreza

Os manifestantes pediram aos chefes de Estado e de governo dos países do G7 políticas eficazes de combate à pobreza e, como consequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, que acabem com a dependência de petróleo, gás e carvão russos e tomem mais medidas contra a crise global de fome.

Em uma declaração conjunta, as organizações que participaram do protesto disseram que os Estados do G7 devem “tomar medidas decisivas contra as mudanças climáticas, acabar com a destruição da natureza e combater a fome, a pobreza e a desigualdade”.

Para eles, significativamente mais fundos devem ser disponibilizados para prevenção de crises, gestão de conflitos civis e cooperação para o desenvolvimento.

Forte esquema de segurança

O hotel Schloss Elmau já provou ser um local ideal para a cúpula durante a presidência anterior do G7 da Alemanha, em 2015 – quando Barack Obama era o presidente dos EUA e Angela Merkel a chanceler federal da Alemanha.

Com o cenário onírico para fotos do espetáculo político, sua localização em um vale acima de Garmisch-Partenkirchen é de difícil acesso e fácil proteção.

Pelo menos 18 mil policiais foram mobilizados e uma cerca de segurança de 16 quilômetros de comprimento foi instalada para garantir que nenhum manifestante perturbe a reunião. Os convidados serão levados ao local de helicóptero.

O governo alemão e o estado da Baviera orçaram em 180 milhões de euros a segurança. Centenas de tampas de bueiros foram seladas com adesivos especiais, latas de lixo foram retiradas das ruas e as escolas foram fechadas.

Cerca de 3 mil jornalistas viajaram para a Baviera para acompanhar os desdobramentos do evento.

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