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Presidente do Peru volta ao país de carro para evitar destituição

Após voo de retorno do Equador ser cancelado por mau tempo, Pedro Castillo passou cinco horas em um carro para retornar a tempo

atualizado

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Artur Widak/NurPhoto via Getty Images
presidente peruano pedro castillo
1 de 1 presidente peruano pedro castillo - Foto: Artur Widak/NurPhoto via Getty Images

O presidente do Peru, Pedro Castillo, teve que retornar às pressas ao país que governa para não ser destituído pelo Congresso. Ele fez uma viagem de cinco horas de carro, e chegou uma hora antes do prazo final.

O mandatário visitava o Equador, onde coordenou um gabinete binacional com o presidente equatoriano, Guillermo Lasso. A permissão concedida pelo Parlamento para que Castillo se ausentasse do país que comanda teria fim à meia-noite de sexta-feira (29/4), 2h de sábado (30/4) no horário de Brasília.

O voo de retorno foi cancelado devido ao mau tempo. A legislação peruana, porém, não aceita esse tipo de exceção. Ele saiu da cidade equatoriana de Lojas e percorreu 264 km em cinco horas, até o posto de fronteira de Tumbes, já no Peru.

Caso não tivesse chegado, Castillo poderia enfrentar a sua terceira moção de “vacância presidencial” em nove meses de mandato. O processo faz parte de uma tentativa de destituição do líder do Executivo, movida pela oposição.

As moções de vacância têm sido utilizadas com frequência nos últimos anos pelo Congresso peruano. A ferramenta atesta “incapacidade moral” para governar. Os dois últimos presidentes foram derrubados por meio do recurso.

Pedro Pablo Kuczynski renunciou em 2018, pouco antes da votação da segunda moção ao qual foi submetido. Martín Vizcarra foi destituído em 2020, depois de também enfrentar duas moções por vacância.

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