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Uruguai: candidato de centro-direita rejeita apoio de Bolsonaro

Governo uruguaio convocou embaixador brasileiro em Montevidéu, Antônio Simões, para que dê explicações sobre fala do presidente brasileiro

atualizado

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Lacalle-Pou
1 de 1 Lacalle-Pou - Foto: Reprodução/Twitter

O candidato de centro-direita nas eleições presidenciais do Uruguai, Luis Lacalle Pou, que disputa o segundo turno no dia 24 de novembro e recebeu declarações de apoio do presidente Jair Bolsonaro (PSL), buscou se afastar do brasileiro nessa quarta-feira (30/10/2019). As informações são da Folha de S.Paulo.

“Não me parece uma coisa boa que diferentes políticos, e nesse caso um governante, opinem sobre o que pode acontecer em outro país”, afirmou Lacalle Pou ao jornal local El Observador.

“O Uruguai, por sorte, não decide o que os brasileiros pensam. Decide apenas o que acontece e o que precisam os uruguaios”, disse o candidato opositor.

Pensamento econômico
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo na última terça-feira (29/10/2019), Bolsonaro declarou que nunca teve problemas com o atual presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, mas que prefere uma vitória de Lacalle Pou, com quem disse ter mais proximidade no pensamento econômico.

O governo uruguaio convocou nesta quinta-feira (31/10/2019) o embaixador brasileiro em Montevidéu, Antônio Simões, para que ele dê explicações sobre as declarações de Bolsonaro envolvendo as eleições no país vizinho.

Frente ampla
O Uruguai é desde 2005 comandado por uma coalizão de centro-esquerda, a Frente Ampla. O candidato do grupo, Daniel Martínez, venceu o primeiro turno realizado no último domingo (27/10/2019), mas terá que disputar uma segunda rodada contra o senador oposicionista, da sigla de centro-direita Partido Nacional.

Antes do primeiro turno, Martínez disse que estava pronto para negociar com o brasileiro caso vencesse. “Há valores que Bolsonaro expressa e coisas que [ele] faz que, não vou mentir, eu seria hipócrita se dissesse que concordo com elas”, afirmou.

“Também não gosto de [Donald] Trump. Isso não significa que vamos ter um problema. Meu dever é procurar melhorar as relações entre os povos”, resumiu.

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