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Rússia manda aviões de guerra para a Venezuela para manobras conjuntas

Segundo o Ministério da Defesa venezuelano, os exercícios servirão para “preparar a defesa do país caso seja necessário”

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A Rússia enviou para a Venezuela dois bombardeiros com capacidade nuclear para manobras militares conjuntas entre os dois países. Segundo o Ministério da Defesa venezuelano, esses exercícios servirão para “preparar a defesa do país caso seja necessário”.

No fim de semana, o governo chavista voltou a aumentar a retórica contra os Estados Unidos, a quem acusa de sabotagem econômica.

Os dois aviões Tu-160 chegaram ao aeroporto de Maiquetía, nos arredores de Caracas nesta segunda-feira (10/12), depois de uma viagem de 10 mil quilômetros.

Segundo o ministério de Defesa da Rússia, as aeronaves percorreram o espaço aéreo internacional “estritamente” dentro da lei e foram escoltados, em alguns momentos da viagem, por caças noruegueses.

Os aviões, que foram utilizados nas operações militares russas na Síria, foram acompanhados também de um avião cargueiro An-124 e de um avião de passageiros Il-62.

O Tu-160 é capaz de carregar mísseis nucleares e convencionais com um alcance de até 5,5 mil quilômetros. “Devemos dizer ao povo venezuelano e ao mundo que cooperamos (com a Rússia) em várias áreas e também nos preparando para a defesa da Venezuela até o último palmo de terra caso seja necessário”, disse o ministro de Defesa venezuelano, Vladimir Padrino.

A última vez em que a Rússia adotou medidas similares de enviar aviões de combate para a Venezuela foi durante a Guerra da Geórgia, em 2008, quando as tensões entre Moscou e Washington cresceram em virtude do apoio americano à ex-república soviética do Cáucaso.

Na semana passada, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, visitou a Rússia, onde discutiu as dívidas venezuelanas com o presidente Vladimir Putin, que se tornou nos últimos anos um dos
principais financiadores do chavismo.

Embora a maioria dos governos latino-americanos rejeitem uma intervenção militar na Venezuela, o
secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, disse que a opção não poderia ser descartada. Oficialmente, o governo americano diz que todas opções para a crise
venezuelana estão sendo consideradas, ainda que uma intervenção enfrente objeções dentro e fora da administração de Donald Trump e analistas veem uma ação militar no país como algo improvável.

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