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Enviado dos EUA em guerra contra o Estado Islâmico renuncia

Brett McGurk renunciou ao cargo por discordar da decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de retirar tropas americanas da Síria

atualizado

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Brett McGurk – reprodução twitter
1 de 1 Brett McGurk – reprodução twitter - Foto: Reprodução/Twitter

O enviado especial dos Estados Unidos na guerra contra o grupo terrorista Estado Islâmico, Brett McGurk, renunciou ao cargo por discordar da decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de retirar tropas americanas da Síria. Segundo fontes, McGurk apresentou carta de demissão na sexta-feira (21/12).

Na última semana, o secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis, também pediu demissão. McGurk serviu em posições estratégias nas incursões dos EUA no Iraque e na Síria, nos últimos três mandatos presidenciais do país, começando pelo ex-presidente republicano George W. Bush.

Há uma semana, McGurk entregou a repórteres presentes no Departamento de Estado dos EUA um documento extenso explicando por que era crítico manter as tropas norte-americanas e os esforços de reconstrução da Síria para evitar uma recuperação do Estado Islâmico. McGurk lembrou que quase todos os territórios até então controlados pelo grupo tinham sido recuperados por meio de ações lideradas pelos EUA.

“Obviamente seria imprudente dizer ‘o califado está derrotado, então podemos sair agora’. Acredito que qualquer um que tenha olhado para um conflito como esse concordaria”, disse McGurk na ocasião aos repórteres. Na quarta-feira, Trump declarou que estava ordenando a retirada de mais de 2 mil tropas em atuação na Síria e que o Estado Islâmico havia sido derrotado no país. No mesmo dia, Mattis pediu demissão.

Neste sábado (22), Trump continuou defendendo sua decisão. Pelo Twitter, disse que as tropas dos EUA permanecerão na Síria por mais três meses e que a missão no país nunca foi planejada para durar muito. O presidente escreveu ainda que o “Estado Islâmico” estava “ficando louco” na época em que ele assumiu a Presidência dos EUA. “Agora o Estado Islâmico está amplamente derrotado e outros países locais, incluindo a Turquia, deveriam estar aptos a facilmente cuidar do que ficar. Estamos voltando para casa”, disse na rede social.

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