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Bolsonaro homenageia israelenses de Brumadinho: “Jamais esqueceremos”

A cerimônia ocorreu na sede da Brigada de Resgate e Salvamento do Comando da Frente Interna de Israel, em Ramle, a 50 km de Jerusalém

atualizado

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Divulgação/Embaixada de Israel
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1 de 1 Israel6 - Foto: Divulgação/Embaixada de Israel

Enviado especial a Jerusalém (Israel) – O presidente Jair Bolsonaro (PSL) entregou, na manhã desta segunda-feira (1º/4), a mais alta honraria da diplomacia brasileira, a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, ao agrupamento israelense que auxiliou no resgate às vítimas da tragédia de Brumadinho (MG), em janeiro.

Na cerimônia, que contou com a participação de boa parte dos militares que estiveram no Brasil, Bolsonaro agradeceu a assistência recebida e destacou que essa ação fortificou a relação entre os países.

“O trabalho dos senhores foi excepcional. Fez com que os laços de amizade de há muito se fortalecessem. Nós, brasileiros, nunca esqueceremos todo o apoio e ajuda humanitária de vocês”, disse. 

Ao longo do seu breve discurso, de pouco menos de cinco minutos, o presidente lembrou um resgate que ele mesmo fez, na época em que era militar. Conforme relatou, ele estava de férias quando um ônibus caiu num lago e 15 pessoas morreram. O auxílio dado, nas suas próprias palavras, não serviu para salvar vidas, que já haviam sido perdidas, mas foi importante no sentido de consolar parentes das vítimas.

“O trabalho de vocês foi muito semelhante àquele humildemente prestado por mim no passado. Confortar familiares a encontrar um ente que havia perdido a vida”, comparou.

Antes da fala de Bolsonaro, militares israelenses apresentaram um vídeo sobre o trabalho realizado no Brasil e disseram que o evento estreitou o elo de amizade e compaixão existente entre os dois países.

“Não sei como definir o sucesso de uma ação como está. Sei que os melhores dos nossos filhos e filhas não mediram esforços para agir com toda dedicação, inteligência, criatividade e conhecimento tecnológico”, disse o comandante da brigada, Tamir Yadai.

Logo após o discurso, o chefe do Executivo brasileiro foi convidado a tirar selfies com os militares envolvidos na ação de socorro – o que ele aceitou de bom grado.

Homenagem
A insígnia da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, mais alta honraria concedida pelo governo brasileiro a personalidades estrangeiras, foi entregue pelo presidente Jair Bolsonaro à Brigada de Resgate e Salvamento do Comando da Frente Interna de Israel. A unidade fica na cidade de Ramle, a 50 km de Jerusalém.

A condecoração foi resultado da atuação de 133 militares israelenses no resgate de vítimas da tragédia de Brumadinho. 

A Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul é uma condecoração reservada a estrangeiros – brasileiros não podem receber. Por se tratar de uma instituição, a expressão utilizada para definir a homenagem é “insígnia”. Se fosse uma pessoa, o termo seria “medalha”. 

Quando pessoas são condecoradas, é atribuído um grau junto à homenagem. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por exemplo, recebeu no dia 18 de janeiro a medalha no grau Grã-Cruz, o segundo mais alto da hierarquia estabelecida pelo Ministério das Relações Exteriores. 

Ao lado de Jair Bolsonaro, estavam a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), a senadora Soraia Thronike (PSL-MS), Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), senador e filho do presidente, o ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, e o porta-voz do Planalto, general Otávio do Rego Barros.

No passado, o guerrilheiro da revolução cubana Ernesto Che Guevara e a rainha Elizabeth II, da Inglaterra, foram alguns dos condecorados com a medalha.

Bolsonaro chegou a Israel no domingo (31/3) e se reuniu com Netanyahu no mesmo dia. Depois do almoço, eles tiveram um encontro privado, no qual assinaram acordos nas áreas de ciência e tecnologia, defesa e segurança pública.

Manhã
O primeiro compromisso de Jair Bolsonaro na manhã desta segunda-feira foi uma visita à unidade de contraterrorismo da polícia israelense. O encontro foi privado – a imprensa não teve autorização para participar. 

Segundo a assessoria do titular do Palácio do Planalto, a definição de ele ir sozinho partiu do governo israelense. Os assuntos tratados não foram divulgados. 

Desastre
A barragem Mina Feijão, em Brumadinho, rompeu-se no fim da manhã do dia 25 de janeiro. O vazamento de lama fez com que uma outra barragem da Vale transbordasse. Toda a região sofreu com soterramentos, até mesmo o restaurante da companhia e o prédio administrativo.

A lama se espalhou pela cidade, e moradores precisaram deixar suas casas. Equipes de bombeiros e da Defesa Civil foram mobilizadas para a área e seguem em busca de vítimas. Tanto o governo federal quanto o local (do município e do estado) montaram gabinetes de crise e deslocaram autoridades para a região atingida. Foram confirmadas ao menos 217 mortes até o momento.

Veja imagens da tragédia:

 

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Gui Prímola/Metrópoles

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