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Pesando 20kg, mulher está morrendo de fome devido a doença rara

Nicolette Baker é portadora da Síndrome da Artéria Mesentérica Superior, conhecida como SMAS

atualizado

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Nicolette Baker
1 de 1 Nicolette Baker - Foto: Reprodução

Uma mulher de 36 anos está literalmente morrendo de fome devido a uma condição rara que a deixa incapaz de ingerir qualquer tipo de alimento, sólido ou líquido. Nicolette Baker é portadora da Síndrome da Artéria Mesentérica Superior, conhecida como SMAS.

De acordo com o jornal britânico The Mirror, a moradora da Cornualha, na Inglaterra, foi diagnosticada inicialmente com “anorexia nervosa severa e persistente”, e sofria com a doença desde o nascimento.

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Por causa do relatório médico, Nicolette foi submetida a diversos tratamentos ineficazes e, de acordo com ela, “traumáticos”. Ela chegou a receber cuidados paliativos em casa, mas, com o novo diagnóstico, a britânica espera viajar para a Alemanha e receber um método curativo para salvar sua vida.

“Estou tentando manter o sonho vivo. Não sei se conseguirei até a data da cirurgia [em fevereiro], mas estou vivendo para cada dia, e a esperança de melhorar está me dando algo pelo qual ansiar”, declarou.

Nicolette recebeu o diagnóstico de SMAS há 7 anos. A síndrome se dá devido a uma compressão vascular no intestino delgado que resulta em dor absurda durante o ato de comer ou beber.

Conforme o The Mirror, os alimentos líquidos ficam acumulados na região e esticam o estômago, causando vômitos e infecções bacterianas enquanto a comida apodrece. Por isso o receio do paciente por comer. Estima-se que um terço das pessoas portadoras da síndrome morre de desnutrição.

“Por 25 anos, fui tratada como uma paciente de saúde mental com um transtorno alimentar durante a infância, no início da adolescência e na idade adulta. Fui enviada a unidades de transtornos alimentares em todo o condado por meses, às vezes a um ano a fio, forçada a ganhar peso com regimes alimentares punitivos que meu sistema digestivo simplesmente não conseguia controlar”, relatou a britânica.

“Eu me senti completamente humilhada e minha identidade foi arrancada durante essas décadas de tratamento, até porque eu simplesmente não conseguia transmitir aos profissionais que não tinha estômago para a comida em mim”, disse ainda.

Nicolette, por fim, desabafou: “Não tive anorexia porque queria ser magra. Simplesmente não queria comer por causa da dor que isso me causava”.

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