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Odebrecht: ex-presidente do Peru e mulher já cumprem prisão preventiva

O casal é acusado de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, com base em delações do empresário brasileiro Marcelo Odebrecht

atualizado

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Raul Garcia Pereira/EFE
humala, peru
1 de 1 humala, peru - Foto: Raul Garcia Pereira/EFE

O ex-presidente do Peru, Ollanta Humala, e sua mulher, Nadine Heredia, entraram na noite de quinta-feira (13/7) na cadeia do Palácio de Justiça, em cumprimento ao mandado de prisão preventiva de 18 meses, emitido pelo juiz Richard Concepción Carhuancho. O casal é acusado de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, com base em delações do empresário brasileiro Marcelo Odebrecht, segundo as quais a Construtora Odebrecht teria pago US$ 3 milhões para a campanha que elegeu Humala presidente em 2011.

O casal chegou em uma caminhonete da polícia, após se apresentar no Tribunal Penal Nacional. Ambos vestiam coletes à prova de bala e foram conduzidos até a cadeia, onde aguardam o encaminhamento ao presídio para cumprirem suas penas.

O advogado de Humala, Wilfredo Pedraza, disse aos jornalistas que “neste momento, a nossa prioridade é a garantia da segurança das duas pessoas nas duas prisões e do seu filho” Samin, de seis anos, que ficou sozinho em casa. Pedraza pediu “medidas razoáveis” ao Executivo para que a criança não fique exposta a circunstância de perigo, diante da retirada da custódia policial na casa do ex-presidente.

Já as duas filhas maiores de Humala, de 13 e 15 anos, estão em uma viagem de estudos nos Estados Unidos e devem retornar ao Peru no final do mês. Antes de se apresentar, Humala reagiu à decisão no Twitter: “Essa é a confirmação do abuso de poder, ao qual faremos frente”, escreveu. Os advogados do casal prometeram recorrer à Justiça, que ainda não julgou nem condenou o ex-presidente.

Em abril, o mesmo juiz, Concepcion Carhuanco, decretou a prisão preventiva, por 18 meses, do ex-presidente Alejandro Toledo (2001-2006), acusado de ter recebido US$ 20 milhões da Odebrecht, mas Toledo trabalha para a universidade norte-americana de Stanford e não voltou ao Peru para prestar contas à Justiça, que ordenou sua captura.

Risco de fuga
O Ministério Publico peruano pediu a prisão preventiva de Humala e sua mulher alegando que havia risco de fuga, pois as duas filhas adolescentes do casal viajaram aos Estados Unidos. Humala acusou o procurador German Juarez, que fez o pedido, de persegui-lo, já que disse ter dado provas de que colaboraria com a Justiça.

“Estamos aqui e até entregamos nossos passaportes [às autoridades]”, disse Humala, numa rápida entrevista em Lima, capital peruana, enquanto esperava a decisão do juiz. Além de Humala e Toledo, o ex-presidente Alan Garcia (2006-2011) também está envolvido no escândalo Odebrecht. Ele também diz ser inocente.

A Odebrecht admitiu, perante a Justiça norte-americana, ter pago US$ 788 milhões em propina em doze países entre 2001 e 2016, desencadeando uma série de investigações. Oito países, além do Brasil e do Peru, são da América Latina: Argentina, Colômbia, Equador, Guatemala, México, Panamá, República Dominicana e Venezuela. (Com informações das agências Brasil e EFE)

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