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Nos EUA, revista Time diz que Trump é a “personalidade do ano” de 2016

“Presidente dos Estados Divididos da América”, diz o título da publicação em sua capa, destacando também a polarização atual no país

atualizado

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1 de 1 time-trump - Foto: Reprodução

A revista Time selecionou o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, como “pessoa do ano”, em sua lista divulgada nesta quarta-feira (7/12). “Presidente dos Estados Divididos da América”, diz o título da publicação em sua capa, destacando também a polarização atual no país.

A edição traz um perfil de Trump assinado por Michael Scherer, chefe do escritório da revista em Washington. Em seu texto, disponível no site da publicação, o jornalista lembra que, durante toda a vida pública do empresário, intelectuais o retrataram como um tipo vulgar, um showman “com pouca substância”.

“Mas o que os críticos nunca entenderam é que o desdém deles deu a ele força”, diz o texto, que destaca a capacidade de Trump se conectar às pessoas comuns. “Eu estou representando eles, eles me amam e eu amo eles”, disse Trump à revista, comentando sobre eleitores de Estados como Wisconsin, Michigan, Ohio e Pensilvânia, onde muitos acreditam que perderam seus empregos para a globalização.

Scherer diz que a campanha eleitoral de Trump foi distinta das demais na última geração, já que o republicano evitou falar sobre um futuro brilhante e de união, mas sim exacerbou as diferenças atuais, “inspirando novos níveis de ódio e medo dentro de seu país”. O sucesso, na avaliação da revista, ocorreu graças ao fato de Trump se posicionar como candidato da mudança, insistindo muito em que poderia salvar empregos nos EUA.

A Time cita ainda o fato de que o presidente atual dos EUA, Barack Obama, foi eleito com uma plataforma de mudança, mas para muitos eleitores isso não se materializou nos últimos anos.

Além da pessoa do ano, a Time revelou outros nomes que para a revista se destacaram em 2016. A lista traz a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, derrotada por Trump na campanha eleitoral norte-americana, “os hackers”, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, a cantora Beyoncé e “os pioneiros da CRISPR”, uma técnica de edição de DNA que pode ter grandes implicações no futuro.

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