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Moldávia relata 2º ataque em região separatista; base militar é o alvo

Na região, o alerta contra terrorismo foi elevado para o nível vermelho e foram colocados pontos de controle

atualizado

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Ministério do Interior de Transnístria
Torre1
1 de 1 Torre1 - Foto: Ministério do Interior de Transnístria

A Moldávia relatou um segundo ataque na região separatista pró-Rússia da Transnístria. O ataque foi contra uma unidade militar perto da cidade de Tiraspol.

A informação foi divulgada nesta terça-feira (26/4) pela agência de notícias russa TASS, que cita como fonte o conselho de segurança de Transnístria.

Na região, o alerta contra terrorismo foi elevado para o nível vermelho e foram colocados pontos de controle pelo local após os ataques.

As explosões danificaram uma antiga antena de transmissão de rádio da época da União Soviética. Não houve relatos de mortos ou feridos.

Esse seria o segundo ataque na região. Na segunda-feira (25/4), a Transnístria, região separatista pró-Rússia da Moldávia, registrou uma série de explosões.

A sede do Ministério da Segurança do Estado em Tiraspol, capital da Transnístria, foi o alvo das explosões. Ainda não se sabe o que motivou e quem está por trás do ocorrido.

O Ministério do Interior de Transnístria afirma que os disparos foram feitos com um lançador de granadas antitanque portátil.

Reação

A presidente da Moldávia, Maia Sandu, condenou o ataque com granadas e ameaçou tomar medidas para garantir o que chamou de paz no país.

“A situação na região separatista é complexa e tensa, mas a Moldávia continua aberta a negociar uma solução pacífica para as questões”, frisou em entrevista coletiva após reunião do conselho de segurança do país.

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Sandu condenou qualquer tentativa de “arruinar a paz” no país e disse que a Moldávia está preparada para evitar a escalada da violência.

“Incidentes recentes são uma tentativa de aumentar as tensões, com avaliações mostrando que facções pró-guerra na região da Transnístria são responsáveis ​​pelos ataques”, salientou.

Ameaça

Na semana passada, o vice-comandante do distrito militar central da Rússia, Rustam Minnekayev, afirmou que o governo russo quer abrir “caminho” para a Transnístria.

“O controle sobre o sul da Ucrânia é outro caminho para a Transnístria, onde também há evidências de que a população de língua russa está sendo oprimida”, confirmou.

A Transnístria é um território da Moldávia controlado pela Rússia desde a queda da União Soviética. Com o apoio russo, a Transnístria travou uma guerra contra a Moldávia na década de 1990.

Na sexta-feira (22/4), a agência russa de notícias Interfax confirmou que o governo pretende controlar Donbass, no leste, e todo o sul da Ucrânia.

Na prática, os russos querem criar um zona entre Crimeia, anexada ao território controlado por Putin em 2014, e Donbass. Com isso, seria possível ter uma porta de entrada para a região separatista da Moldávia.

A Rússia pretende controlar partes da Ucrânia partindo de Kharkiv, passando por Izyum, Luhansky, Donestsk, Mariupol, Melitopol, Mykolaiv e Kherso, chegando à Crimeia. É a primeira vez que os russos detalham a estratégia militar.

A guerra completa, nesta terça-feira, 62 dias. A invasão e os bombardeios russos tiveram início em 24 de fevereiro. A mais recente conquista das tropas russas foi o controle da cidade portuária de Mariupol.

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