Dois padres estão sob custódia, em Paris, França, por serem os clérigos supostamente responsáveis pela ocorrência de uma missa católica no último sábado (3/4), véspera da Páscoa, intitulada Missa da Vigília Pascal. De acordo com as autoridades locais, a celebração religiosa descumpriu ordens sanitárias para a contenção do novo coronavírus na região e contou com a participação de 280 fiéis.
Ambos estão sendo acusados de colocar a vida de outras pessoas em risco. Além disso, segundo agentes envolvidos no caso, os padres, que estavam sem equipamento de proteção, autorizaram a circulação de pessoas sem máscara e a superlotação no espaço, sem preservar o distanciamento social de segurança.
Além disso, foi reportado por testemunhas que os clérigos, que têm autorização de celebrar a missa em latim, segundo o Vaticano, entregaram a hóstia diretamente na boca dos participantes, ao invés de deixá-los levar à boca com a própria mão.
As investigações sobre o caso foram abertas pela Promotoria de Paris e, agora, estão sob responsabilidade do Departamento de Segurança de Proximidade da aglomeração de Paris (DSPAP).
Em depoimento, o padre e o clérigo informaram que a missa é uma tradição da igreja Saint-Eugène-Sainte-Cécile, mas que não esperavam pelo grande sucesso da celebração de Páscoa. Em nota, a diocese de Paris declarou que está “espantada com o evidente incumprimento das instruções essenciais para o distanciamento com máscara”.
Já o Arcebispo de Paris anunciou, nesta quarta-feira (8/4), que abrirá um procedimento canônico contra os párocos da igreja.
Com informações do jornal francês Liberation.