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Mais três ministros de Boris Johnson renunciam; baixas somam 15

Governo do premiê enfrenta crise após escândalos nos últimos meses. No mais recente, é acusado de ignorar denúncias de importunação sexual

atualizado

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Tolga Akmen – WPA Pool/Getty Images
O primeiro ministro inglês, Boris Johnson
1 de 1 O primeiro ministro inglês, Boris Johnson - Foto: Tolga Akmen – WPA Pool/Getty Images

Mais três ministros do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, renunciaram aos cargos nesta quarta-feira (6/7). Apenas esta semana, uma série de parlamentares do alto escalão decidiram deixar as funções, alegando que o premiê não está apto a governar.

Os parlamentares que decidiram deixar o cargo nesta quarta são: Will Quince, ministro das Crianças e Famílias; Robin Walker, ministro de estado para os Padrões Escolares; e Laura Trott, secretária parlamentar particular do Departamento de Transportes. Ao todo, as baixas no governo do Reino Unido somam 15 membros do alto escalão, em um cenário de crise em ascensão.

A debandada dos parlamentares teve início após os secretários de Finanças e de Saúde de Johnson deixarem os cargos, na madrugada de terça-feira (5/7). Eles alegaram terem “perdido a confiança” no premiê, após um escândalo sexual envolvendo o ex-vice-líder do governo no parlamento, Christopher Pincher, vir à tona.

Com a maré de demissões aumentando, apoiadores e parlamentares da legenda questionam se o primeiro-ministro poderia preencher as vagas. Ao todo, cinco dos 23 ministros de governo entregaram os cargos, além de outros 10 parlamentares de Johnson.

Veja a lista de baixas:

  • Will Quince, ministro das crianças e famílias
  • Robin Walker, ministro de estado para os padrões escolares
  • Rishi Sunak, ministro das Finanças
  • Sajid Javid, secretário de Saúde
  • Bim Afolami, vice-presidente do Partido Conservador
  • John Gleen, secretário de economia
  • Alex Chalk, procurador-geral da Inglaterra e País de Gales
  • Victoria Atkins, ministra júnior do Ministério do Interior
  • Stuart Andrew, ministro júnior da habitação
  • Laura Trott, Secretária Parlamentar Particular (PPS) do Departamento de Transportes
  • Saqib Bhatti, PPS para Secretário de Estado da Saúde e Assistência Social
  • Jonathan Gullis, PPS para Secretário de Estado da Irlanda do Norte
  • Nicola Richards, PPS do Departamento de Transportes e MP
  • Virginia Crosbie, PPS para o Gabinete do País de Gales
  • Felicity Buchan, PPS no Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial

Importunação sexual

A acusação mais recente envolvendo o governo de Boris Johnson é que ele teria decidido ignorar denúncias de abuso sexual contra outro ministro, Christopher Pincher.

O premiê sabia das queixas, mas, ainda assim, teria optado por nomear Pincher como vice-lider do governo no Parlamento.  Johnson reconheceu ter sido informado sobre a queixa em 2019, mas disse ter cometido um “grave erro” ao não tomar medidas em relação à denúncia.

Na quinta-feira (30/6), Pincher renunciou ao cargo de vice-líder do Partido Conservador, após ser acusado de apalpar dois convidados em um jantar privado na noite anterior. Em carta enviada a Johnson, ele admitiu que havia bebido demais, causado incômodo e “envergonhado” outras pessoas.

Falta de confiança

Os ministros de Finanças e Saúde expressaram insatisfação com a gestão de Johnson e anunciaram a demissão em comunicados publicados no Twitter, com poucos minutos de diferença, perto da meia-noite (horário do Reino Unido) de terça-feira (5/7).

Sajid Javid, que ocupava a pasta da Saúde, afirmou que “deixou de confiar” no chefe de governo e que não poderia mais continuar no cargo com a “consciência limpa”.”Está claro para mim que esta situação não mudará sob sua liderança e, por isso, perdi minha confiança”, escreveu.

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