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Maduro diz que está disposto a convocar eleições legislativas

Presidente venezuelano não detalhou se eventuais eleições teriam acompanhamento de entidades internacionais

atualizado

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MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA SENADO
Solenidades. Homenagens
1 de 1 Solenidades. Homenagens - Foto: MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA SENADO

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou estar disposto a organizar eleições legislativas antecipadas e a manter um diálogo com a oposição, que deve sair às ruas nesta quarta-feira (30/1), em resposta a uma convocação do presidente autoproclamado do país, Juan Guaidó, que pediu mais sanções à União Europeia.

Em uma entrevista à agência de notícias russa RIA Novosti, Maduro afirmou ainda que está “disposto a discutir pessoalmente com Donald Trump”. Ao mesmo tempo, o presidente afirmou que não aceita a convocação de eleições presidenciais, que “aconteceram há menos de um ano, há 10 meses”. “Não aceitamos ultimatos de ninguém no mundo, não aceitamos a chantagem. As eleições presidenciais aconteceram na Venezuela e, se os imperialistas querem novas eleições, que esperem até 2025”, completou.

O sucessor de Hugo Chávez não detalhou se as eventuais eleições legislativas teriam acompanhamento de entidades internacionais ou o que aconteceria com os mandatos dos atuais parlamentares.

Espanha, França, Alemanha e Reino Unido deram a Maduro um prazo de oito dias, no sábado passado, para convocar eleições. Em caso contrário, devem reconhecer Guaidó como “presidente” da Venezuela para que organize novas eleições.

“Estou disposto a comparecer à mesa de negociações com a oposição, para falar, pelo bem da Venezuela, pela paz e pelo futuro”, declarou Maduro. “Seria muito bom organizar eleições legislativas antes, seria uma boa forma de discussão política, uma boa solução através do voto popular.”

Maduro expressou o reconhecimento ao presidente russo, Vladimir Putin, que apoia o governo venezuelano. A Venezuela recebe a cada mês armamento russo, “o mais moderno do mundo”, como parte dos acordos vigentes, destacou Nicolás Maduro.

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