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Irã volta a proibir entrada de mulheres em jogos de futebol

Torcedoras iranianas são proibidas de irem aos estádios assistir à partida das eliminatórias da Copa do Mundo

atualizado

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Saeid Zareian/picture alliance via Getty Images
Iraniana torcida futebol
1 de 1 Iraniana torcida futebol - Foto: Saeid Zareian/picture alliance via Getty Images

Durante o jogo entre Irã e Líbano, pelas eliminatórias da Copa do Mundo, mulheres foram proibidas, pelo governo de assistirem ao evento dentro do estádio. A partida aconteceu nessa terça-feira (29/3), na arena Imã Reza, na cidade iraniana de Mashhad.

Segundo a agência de notícias ISNA, “cerca de 2.000 mulheres iranianas, que haviam comprado ingressos para a partida Irã-Líbano, estavam presentes nos arredores do estádio Imã Reza, mas não puderam entrar no estádio”.

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O Irã venceu o Líbano por 2-0 no estádio no noroeste do país e garantiu a sua participação na Copa do Mundo que acontecerá em novembro deste ano no Catar.

Em janeiro de 2022, a República Islâmica permitiu a entrada de mulheres para assistir as partidas de futebol da seleção de futebol masculina, após quatro décadas de empecilhos e restrições.

Em entrevista à emissora de TV iraniana IRIB, o governador de Mashhad, Mohsen Davarim, pediu desculpas pelo ocorrido. “Peço desculpas porque muitas pessoas não puderam entrar no estádio e ver de perto a partida de futebol entre as seleções do Irã e do Líbano”.

Após a repercussão da proibição, o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, determinou que o ministro do Interior, Ahmad Vahidi, acompanhasse a situação.

“Não acho que teria acontecido alguma coisa se as mulheres tivessem ido ao estágio. Pelo contrário, pode favorecer nossa cultura” disse o capitão da seleção iraniana, Alireza Jahanbakhsh, à imprensa local.

Decisões do país islâmico sofrem grande pressão dos setores religiosos que defendem a separação entre os gêneros. Para as entidades religiosas as mulheres devem ser protegidas da “atmosfera masculina”.

Tensões entre Fifa e Irã

A Federação Internacional de Futebol (FIFA) determinou, em setembro de 2019, que o país iraniano autorizasse a entrada de mulheres em estádios sem restrições, sob ameaça de suspensão.

A decisão ocorreu após uma torcedora, Sahar Khodayari, atear fogo ao próprio corpo por medo de ser presa ao tentar assistir uma partida de futebol em 2019.

A torcedora morreu após tentar se livrar da prisão, sua morte levou a uma onda de reações contra o Irã. Contudo, a moça havia sido presa em 2018 após tentar entrar em um estádio vestida como um homem.

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