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Irã vive série de protestos contra o governo na reta final de 2017

As manifestações começaram motivadas pela inflação e o desemprego, mas logo se voltou contra o governo ditador de Rouhani

atualizado

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1 de 1 ira - Foto: Reprodução/DW

O Irã viu protestos se espalharem por várias cidades nos últimos dias, inclusive Teerã, numa série de marchas aparentemente contra a política econômica do governo Hassan Rouhani.

Os protestos começaram na quinta-feira (28/12) em Mashhad, cidade de 2 milhões de habitantes no noroeste do país, e se expandiram por várias cidades na sexta. Mas informações sobre as reivindicações não são claras – a mídia estatal e semioficial ignorou as marchas.

Segundo a agência de notícias AFP, o protesto teve inicialmente como alvo a inflação e o desemprego, mas logo se voltou contra o governo Rouhani e o regime iraniano como um todo. Vídeos postados nas mídias sociais mostraram centenas de manifestantes na cidade sagrada de Qom na sexta-feira, entoando gritos de “morte ao ditador” e “liberdade aos prisioneiros políticos”.

Houve detenções durante os protestos, ocorridos de forma pacífica também em Neyshabur, Kamshmar, Shahrud, Kermanshah, Rasht, Tabriz e Isfahan.

A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Heather Nauert, emitiu um comunicado condenando as detenções e pediu à comunidade internacional que “apoie publicamente” os cidadãos iranianos que “pedem o fim da corrupção e o respeito dos direitos fundamentais”.

Os manifestantes entoaram lemas contrários a Rouhani e favoráveis à independência, à liberdade e à República Iraniana, expressando sua rejeição ao apoio econômico do governo a alguns países da região, enquanto a população local atravessa dificuldades econômicas.

“Os líderes iranianos converteram um país rico e com uma história e uma cultura considerável num estado desonesto e economicamente afundado, cujas principais exportações são a violência, o derramamento de sangue e o caos”, denunciou Nauert.

Segundo Payam Parhiz, editor-chefe do site reformista Nazar, os protestos dos últimos dias foram uma surpresa, mas ainda é difícil prever seus desdobramentos.

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