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Investigação confirma que copiloto da Germanwings derrubou o avião intencionalmente

O avião atravessava os Alpes franceses quando caiu perto da aldeia Le Vernet. Todas as 150 pessoas que estavam no voo morreram

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Andreas Lubitz
1 de 1 Andreas Lubitz - Foto: Reprodução

O copiloto Andreas Lubitz jogou intencionalmente o avião da Germanwings nos Alpes franceses, um incidente que matou todas as 150 pessoas que estavam a bordo do voo 9525 que viajava de Barcelona, na França, para a cidade de Duesseldorf, na Alemanha, de acordo com o relatório divulgado neste domingo por especialistas aéreos franceses. A investigação confirmou ainda que Lubitz tinha problemas psiquiátricos.

Meia hora depois da decolagem no dia 24 de março de 2015, o piloto Patrick Sondenheimer entregou o controle do avião para Lubitz e foi ao banheiro. Quando ele voltou, Sondenheimer encontrou a cabine trancada por dentro. Lubitz, ao que parece, tinha desativado o código de segurança, que teria permitido o piloto abrir a porta. Pouco depois, o Airbus A320 caiu perto da aldeia francesa de Le Vernet.

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Destroços do avião nos Alpes Franceses

Depressão
Os investigadores analisaram os registros de vários médicos consultados por Andreas Lubitz nos meses anteriores à tragédia e concluíram que o copiloto sofria de “episódio psicótico depressivo”. Nos meses que antecederam a tragédia, Lubitz visitou 41 médicos, principalmente especialistas oftalmológicos. Nenhum alertou que ele não poderia voar. Nem a companhia aérea, nem Andreas Lubitz sabia que os seus médicos tinham feito este diagnóstico.

Segundo Remi Jouty, diretor da agência de investigação aérea francesa, Lubitz estava tomando antidepressivos na época do incidente e que ele tinha sido previamente tratado por causa de depressão e tendências suicidas. Ainda assim, o copiloto renovou o seu certificado para voar em novembro de 2014.

No entanto, Jouty destacou que os médicos tinham a informação necessária para que a Germanwings e as autoridades de aviação proibissem Lubitz de voar, mas que por causa da proteção do segredo médico – principal fator de confiança dos pacientes – nada foi revelado. Em seguida, o investigador defendeu a importância de “encontrar um equilíbrio entre a confidencialidade e a segurança pública”. “É uma questão global que precisa ser discutida”, disse ele.

A investigação mostrou também que o piloto Patrick Sondenheime usou uma barra de ferro e um tanque de oxigênio para tentar quebrar a porta do “cockpit”. De acordo com o relatório, as caixas pretas registraram várias pancadas violentas.

Diante disso, os investigadores salientaram a necessidade de novas regras relacionadas à porta da cabine, pois Lubitz conseguiu trancar o piloto para fora graças às medidas introduzidas para impedir que passageiros consigam acessar os controles de um avião.

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