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Invasão à Ucrânia: Brasil vota ao lado dos EUA e contra Rússia na ONU

O embaixador Ronaldo Costa Silva disse que o mundo “precisa se livrar da guerra e que a paz e a lei internacional precisam prevalecer”

atualizado

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Jane de Araújo/Agência Senado
Ronaldo Costa Filho
1 de 1 Ronaldo Costa Filho - Foto: Jane de Araújo/Agência Senado

Durante a reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) realizada nesta sexta-feira (25/2), o embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Silva, condenou os ataques russos e disse que o mundo “precisa se livrar da guerra e que a paz e a lei internacional precisam prevalecer”.

“O Conselho de Segurança precisa agir rapidamente contra o uso da força. Precisamos criar as condições de diálogo. Temos que terminar esse conflito”, argumentou.

Costa Silva disse que o Brasil apoia a busca do “equilíbrio” e chamou de “inaceitável” a invasão do território ucraniano.

“Mantemos nossa convicção que ameaças e força não vão levar a um acordo. A ação militar vai minar a fé na lei internacional e colocar a vida de milhares de pessoas em risco. É nosso dever perseguir a imediata suspensão das hostilidades. Renovamos nosso apelo para total fim das hostilidades para a retomada das negociações diplomáticas.”

O conselho

A Rússia foi alvo de duras críticas durante a reunião do conselho. A entidade reuniu países-membros para votar a proposta de resolução que condena os russos e determina a retirada imediata das forças militares da Ucrânia. Que não foi vetada, apesar de ter votos suficientes para aprovação.

Para aprovar a resolução eram necessários ao menos nove votos. O texto conseguiu o apoio de 11 nações — inclusive do Brasil. Contudo, a Rússia votou contra e vetou a medida. China, Emirados Árabes Unidos e Índia se abstiveram.

O Conselho de Segurança é composto por 15 nações, sendo cinco permanentes. Por ser membro permanente, a Rússia tem poder de veto. O país também exerce a presidência do órgão neste momento.

A favor da resolução:

  • Estados Unidos
  • Reino Unido
  • França
  • Noruega
  • Irlanda
  • Albânia
  • Gabão
  • México
  • Brasil
  • Gana
  • Quênia

Contra a resolução:

  • Rússia

Se abstiveram:

  • República Popular da China
  • Índia
  • Emirados Árabes Unidos

Após a votação, o embaixador brasileiro defendeu a construção de um texto que permitiria o diálogo, ou seja, que fosse menos punitivo à Rússia. Contudo, a sugestão não avançou. O governo Bolsonaro hesitou nos últimos dias sobre um posicionamento mais duro contra a Rússia.

Repercussão

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfied, defendeu a penalização sumária da Rússia. Para ela, essa seria uma forma de frear o conflito armado.

“A Rússia pode vetar a resolução, mas não pode vetar as nossas vozes, nossas verdades e o povo da  Ucrânia. Você não pode vetar a sua culpa”, criticou.

“Precisamos parar a guerra”, apelou o embaixador  da Albânia na ONU, Ferit Hoxha. Ele também reclamou do veto.

“Lamentamos a decisão da Rússia de vetar. Seu valor foi tomado refém ao contrário. Não é o fim dos nossos esforços. Vamos continuar a condenar essa agressão sem sentido”, finalizou.

Entenda

Ao longo desta sexta-feira, Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia aprovaram sanções contra a Rússia e o próprio presidente Putin.

A Ucrânia vive o segundo dia de bombardeios. Nesta sexta-feira, a capital Kiev, centro do poder, foi invadida por tropas russas. Putin recomendou que militares ucranianos deem um golpe no governo.

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