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Explosão em metrô de São Petersburgo, na Rússia, deixa mortos

Ministério da Saúde diz que 10 pessoas perderam a vida e outras 47 ficaram feridas. Ataque ocorreu em túnel entre duas estações

atualizado

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russia metrô
1 de 1 russia metrô - Foto: Reprodução/Twitter

Uma explosão causou pânico no metrô de São Petersburgo, segunda maior cidade da Rússia, nesta segunda-feira (3/4). Segundo a imprensa russa, o ataque ocorreu simultaneamente por volta das 14h30 (horário local) no interior de um dos vagões na linha azul do transporte da cidade, entre as estações de Sennaya Ploshchad e do Instituto Tecnológico. A ministra da saúde russa informou, segundo a agência de notícias Interfax, que há 10 mortos e 47 machucados.

O Comitê Nacional Antiterrorismo da Rússia havia comunicado que nove pessoas morreram e outras 20 ficaram feridas, mas a informação foi ratificada pelo ministério. Pelo Facebook, o primeiro-ministro russo, classificou a explosão como “ataque terrorista”. “A explosão de São Petersburgo foi um ataque terrorista”, escreveu o premiê.

Dmitry Medvedev também prestou condolências às famílias das vítimas. “Aqueles que sofreram durante o ato terrorista no metrô de São Petersburgo receberão toda a assistência necessária, são dadas as instruções ao Ministério da Saúde e ao Ministério das Situações de Emergência. Minhas mais sinceras condolências às famílias e amigos do Vítimas da explosão, que é uma dor comum “, publicou.

A declaração do primeiro-ministro é endossada pelo procurador-geral do país, Aleksandr Kurenoi, que afirmou que o governo do país providencia “toda a ajuda” necessária para ajudar os feridos do “atentado terrorista”, informou a agência de notícias Interfax. Apesar de não haver nenhuma reivindicação, a possibilidade de ser um atentado aumenta por causa do modo que a ação foi realizada.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a explosão foi uma “coisa terrível”. “Está acontecendo em todo o mundo. Absolutamente uma coisa terrível”, lamentou o republicano, durante encontro com o presidente do Egito, Abdel Fatah al Sisi.

A explosão foi causada por explosivos artesanais com cerca de 200 g ou 300 g de trinitrotolueno (TNT). São Petersburgo é uma das sedes da Copa das Confederações deste ano, de 17 de junho a 2 de julho, e da Copa do Mundo, no ano que vem. Ainda não se têm informações sobre as causas do incidente.

De acordo com fotos e vídeos feitos no local (veja abaixo), a estação está completamente tomada pela fumaça, o vagão que sofreu a explosão está totalmente destruído e muitas pessoas aparecem feridas deitadas no chão sendo ajudadas por outras. Policiais, bombeiros e ambulâncias já estão no espaço para cuidarem da situação.

Policiais, bombeiros e ambulâncias já estão nos espaços para cuidarem da situação, os usuários do metrô estao sendo evacuados e sete estações foram fechadas temporariamente.

“Preliminarmente, há uma fumaça muito forte. Especialistas em proteção contra a fumaça já foram chamados. A fonte da fumaça está sendo investigada”, disse à agência Sputnik uma profissional do Ministério de Emergências russo.


O presidente da Rússia estava na cidade para uma reunião com o chefe do Executivo de Belarus, Alexander Lukashenko, mas já deixou a cidade. Putin disse que ainda não é possível descartar que as explosões foram fruto de terrorismo.

Avisado do incidente, o mandatário disse que as investigações “estão em curso”. Putin acrescentou que já conversou com os responsáveis pelos serviços de segurança no país, que estão tentando determinar a causa da explosão.

“As autoridades da cidade e, se preciso, as autoridades federais, tomarão todas as medidas necessárias para apoiar as famílias dos mortos e feridos”, também afirmou Putin.

 

 
A administração do metrô de São Petersburgo informou que três estações foram fechadas.

São Petersburgo é a segunda cidade mais populosa da Rússia e conta com cerca de cinco milhões de habitantes.

Atualmente, a Rússia é um dos países que mais realizam ataques contra grupos terroristas na Síria e no Iraque, como o Estado Islâmico (EI) e o Frente al-Nusra. No entanto, esses grupos nunca conseguiram realizar uma ação no país de Putin, apesar da ação ser semelhante com aquela realizada pelo EI na Bélgica, em 22 de março de 2016.

Além disso, os russos enfrentam há décadas uma crise com os chechenos e com grupos opositores ao presidente Putin. (Com informações da Agência Estado)

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