Com o aumento da tensão na península coreana, os Estados Unidos reafirmaram que o regime de Kim Jong Un chegaria ao fim caso a Coreia do Norte utilize alguma arma nuclear. A declaração foi do porta-voz do Pentágono, general Pat Ryder, nessa terça-feira (14/3).
“Acho que deixamos muito claro que, se a Coreia do Norte empregar uma arma nuclear, seria o fim do regime norte-coreano”, disse o secretário de imprensa do Pentágono.
A nova ameaça dos EUA contra a Coreia do Norte ocorre durante o temor de que o regime norte-coreano possa realizar um novo teste nuclear, que não acontece desde 2017.
Mais sobre o assunto
Exercícios militares
A tensão na região tem aumentado significativamente após o início do exercício militar conjunto entre Washington e Seul, previsto para durar até a próxima semana.
Em fevereiro, após o anúncio de que EUA e Coreia do Sul realizariam uma série de exercícios simulando um cenário de guerra real, como forma de mostrar o poder militar da aliança, Kim Jong Un prometeu uma reação “sem precedentes” caso a atividade fosse posto em prática.
3 Cards_Galeria_de_Fotos (2)Em pronunciamento sobre a guerra travada entre Rússia e Ucrânia, o chefe da diplomacia do ex-país soviético fez comentários sobre o uso de armas nucleares. Na fala, ele alertou para uma possível Terceira Guerra Mundial, “nuclear e devastadora”Rob Atkins/ Getty Images
***Foto-ogina-nuclear-da-russia.jpgSegundo o Boletim de Cientistas Atômicos, atualmente, a Rússia concentra quase 6 mil ogivas nucleares, a maior quantia do mundo. Para os especialistas, o país sob comando de Vladimir Putin tem arsenal bélico avassaladorVyacheslav Argenberg/ Getty Images
***Foto-ogiva-nuclear-dos-estados-unidos.jpgOs Estados Unidos concentram aproximadamente 5.550 ogivas nucleares e também são uma grande potência militar. Foi o único país do planeta a usar armas nucleares em combate e, atualmente, mantém bombas gravitacionais nucleares em países da OtanMichael Dunning/ Getty Images
***Foto-usina-nuclear-localizada-na-china.jpgConcentrando cerca de 350 armas nucleares, a China está em terceira colocação no ranking de potências nucleares. Segundo dados divulgados pelo Pentágono, o país asiático tem avançado no poderio bélico e, hoje, é referência na tríade nuclear “nascente” (misseis com capacidade de serem lançados pelo ar, pela terra e pelo mar)Christophe Boisvieux/ Getty Images
***Foto-Usina-nuclear-localizada-na-franca.jpgCom um dos exércitos mais poderosos do mundo, a França tem posse de aproximadamente 290 artefatos nuclearesGregory_DUBUS/ Getty Images
***Foto-usina-nuclear-reino-unido.jpgCom armamento nuclear próprio, o Reino Unido concentra, hoje, cerca de 225 armas nucleares e tem dissuasor nuclear independente Chris Conway/ Getty Images
***Imagem-de-risco-de-radiacao.jpgPor não participar do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares e do Tratado de Não Proliferação, o Paquistão tem expandido cada vez mais o arsenal nuclear. Com aproximadamente 165 ogivas, o país asiático é uma das maiores potências nucleares da atualidadeCaspar Benson/ Getty Images
***Foto-usina-nuclear-localizada-na-india.jpgVizinha do Paquistão, a Índia também não participa do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares e do Tratado de Não Proliferação. Atualmente, o país concentra aproximadamente 156 armas de destruição em massatraveler1116/ Getty Images
***Foto-usina-nuclear-em-israel.jpgConcentrando aproximadamente 90 armas nucleares, Israel pode ser considerado uma das novas potências nucleares mais sofisticadas do planetaStorvandre Photography/ Getty Images
***Foto-Desfile militar-na-coreia-do-norteApesar de ser um país que tenta manter informações sobre sigilo, principalmente se tratando de desenvolvimento armamentício, estima-se que a Coreia do Norte tenha cerca de 50 armas de destruição em massaDivulgação
Em outubro do ano passado, os EUA já haviam ameaçado aniquilar o regime de Kim Jong Un, durante divulgação de sua Estratégia de Defesa Nacional, caso armas nucleares fossem utilizadas pelos norte-coreanos contra o país ou seus aliados.
Desde então, a retórica nuclear entre o regime autoritário e a aliança entre Washington e Seul cresceu, com troca de acusações e ameaças cruzando as fronteiras da península coreana.
