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Escândalos sexuais e corrupção: as polêmicas de Silvio Berlusconi

Conhecido por polêmicas e uma vida extravagante, o ex-premiê da Itália Berlusconi morreu nesta segunda-feira (12/6) aos 86 anos

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Imagem colorida mostra ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi
1 de 1 Imagem colorida mostra ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi - Foto: Piero Cruciatti/Anadolu Agency via Getty Images

O bilionário e ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi, que morreu 86 anos nesta segunda-feira (12/6), foi uma das figuras mais controversas do país. Em uma trajetória cheia de escândalos sexuais, acusações de corrupção e declarações polêmicas, o magnata consolidou a influência política e escreveu o nome na história do futebol italiano.

Ao longo da trajetória política, Berlusconi fundou o próprio partido, o Forza Itália – atualmente na coalizão de direita da primeira-ministra Giorgia Meloni. Foi eleito para quatro mandatos como chefe de Governo italiano. Ele sobreviveu a diversos processos judiciais e retornou ao Parlamento como senador em 2022, aos 85 anos.

Fora da política, o ex-premiê deixou um importante legado na mídia italiana e escreveu o nome na história do futebol. Como presidente do Milan, ele retirou o time da situação de pré-falência e o levou até o topo do mundo. Depois, se tornou proprietáro do Monza em 2018, e conseguiu levá-lo da terceira divisão para a Serie A (primeira italiana), fato inédito na história do clube.

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Caso Ruby

Um dos principais escândalos envolvendo Berlusconi foi uma acusação, em 2010, de que ele teria pagado para ter relações sexuais com uma jovem de 17 anos. O ex-premiê sempre negou envolvimento com a dançarina marroquina Karima El Mahroug, também conhecida como “Ruby, a ladra de corações”.

Na época, ela retirou acusações feitas a Berlusconi, e afirmou que o bilionário pagou 60 mil euros a ela por “generosidade”. O ex-premiê, no entanto, disse ter feito uma doação de 45 mil euros para que ela abrisse um negócio, e que o montante seria para comprar um aparelho de depilação.

Em 2013, o magnata foi considerado culpado no caso, por prostituição de menores e abuso de poder político. A pena era de sete anos de prisão e inelegibilidade. No entanto, ele entrou com recurso e acabou absolvido dos crimes no ano seguinte.

Em meio ao escândalo, Berlusconi se viu no epicentro de outra polêmica em 2011, quando a imprensa italiana revelou uma série de festas eróticas das quais o então premiê fazia parte, que ficaram conhecidas como “bunga-bunga”.

No ano passado, a polêmica voltou aos holofotes após a revelação de que uma brasileira estaria envolvida no caso. Segundo informações do Judiciário Italiano, Iris Bernardi, atualmente com 30 anos, frequentava os eventos enquanto era menor de idade.

Ônibus com prostitutas

Em dezembro de 2022, Berlusconi prometeu que levaria m ônibus “cheio de prostitutas” para o vestiário do time de futebol Monza, do qual era proprietário, caso o time vencesse clubes tradicionais como o Milan ou a Juventus.

Berlusconi já foi presidente do Milan, e em um evento de Natal promovido pelo atual clube, revelou a promessa que fez aos atletas do Monza.

“Encontramos um bom treinador, amigo, capaz de estimular nossos rapazes. Também dou uma motivação extra aos jogadores e digo-lhes que se vencermos o Milan, a Juve… um desses grandes clubes grandes, mandarei um ônibus cheio de prostitutas para o vestiário”, afirmou.

Declarações preconceituosas

Além da situação com o clube do Monza, o ex-premiê afirmou, durante uma feira de motocicletas em Milão em 2010, que “de vez em quando, vejo uma garota bonita no rosto, [e percebo que] é melhor gostar de garotas bonitas do que ser gay”.

Naquele mesmo ano, ele fez um comentário desrespeitoso sobre o holocausto, condenado pela imprensa oficial do Vaticano. Berlusconi teria contado uma “piada” sobre um judeu que encarrega outros judeus de se esconderem dos oficiais nazistas no próprio porão, sem dizer a eles que a Segunda Guerra Mundial acabou.

O ex-primeiro-ministro também ridicularizou o terremoto na região central de Abruzzo, na Itália, que precisaram ser abrigados em tendas de emergência. Segundo ele, os sobreviventes deveriam encarar a situação como “um acampamento de fim de semana”.

Berlusconi também chegou a dizer que é o “Jesus Cristo da política”: “Sou uma vítima paciente, aturo todo mundo, me sacrifico por todos”, e afirmou que os filhos se sentem como “judeus perseguidos por Hitler”. Ele também precisou se desculpar oficialmente por fazer outra referência à época do nazismo, quando comparou um deputado do Parlamento Europeu a um guarda nazista.

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