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“Eleições serão livres”, diz indicada de Biden à embaixada no Brasil

Elizabeth Bagley afirmou que as instituições brasileiras estão prontas para enfrentar as ameaças do presidente Jair Bolsonaro

atualizado

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Reprodução/ Departamento de Estado dos EUA
mulher branca e loira, Elizabeth Bagley discursa
1 de 1 mulher branca e loira, Elizabeth Bagley discursa - Foto: Reprodução/ Departamento de Estado dos EUA

Nome indicado por Joe Biden para ocupar o cargo de embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, nesta quarta-feira (18/5), Elizabeth Bagley afirmou acreditar que dificuldades possam ocorrer durante as eleições no Brasil, mas que instituições brasileiras estão preparadas para enfrentar ameaças antidemocráticas.

“Bolsonaro tem dito muitas coisas, mas o Brasil tem sido uma democracia, tem instituições democráticas, Judiciário e Legislativo independentes, liberdade de expressão. Eles têm todas as instituições para realizar eleições livres e justas”, afirmou Bagley ao ser perguntada sobre as eleições no Brasil em sabatina que foi submetida no Senado americano.

“Ao longo de 30 anos tenho monitorado muitas eleições. E eu sei que esse não será um momento fácil por causa dos comentários de Bolsonaro”, afirmou Elizabeth se referindo às falas do presidente sobre não aceitar o resultado das votações em caso de derrota.

No entanto, Bagley disse que apesar dos comentários, “há uma base institucional”. “O que continuaremos a fazer é mostrar nossa confiança e nossa expectativa de que eles [brasileiros] terão eleições livres e justas”, concluiu ela.

Em seu discurso, a embaixadora de 69 anos também mencionou um assunto polêmico no governo Bolsonaro: disse que terá como principal bandeira o combate ao desmatamento e aos crimes ambientais no país.

“Uma das minhas maiores prioridades será encorajar esforços para aumentar a ambição climática e reduzir dramaticamente o desmatamento, proteger os defensores [da floresta] e processar crimes ambientais e atos de violência correlatos”, disse ela.

Desde que Joe Biden foi eleito, temas ambientais ganharam maior importância nas relações entre Estados Unidos e Brasil, unindo americanos e países europeus para conseguir fazer com que o Brasil apresente resultados mais positivos no combate ao desmatamento na Amazônia.

Indicação de Elizabeth

Em novembro deste ano, o presidente Joe Biden indicou a diplomata e advogada Elizabeth Frawley Bagley como candidata a embaixadora do país no Brasil. A embaixada está sem alguém oficialmente no cargo desde a saída de Todd Chapman, em julho de 2021.

Bagley atua com diplomacia e advocacia há mais de quatro décadas. No currículo possui serviço como conselheira sênior dos secretários de Estado John Kerry, Hillary Clinton, e Madeleine Albright. Além de representante especial para a Assembleia Geral das Nações Unidas, representante especial para Parcerias Globais e embaixadora norte-americana em Portugal.

Bagley é proprietária e membro da diretoria da SBI, uma empresa de telefonia celular em Show Low, Arizona. Anteriormente, ela atuou como conselheira do escritório de advocacia Manatt, Phelps & Phillips em Washington, D.C., especializado em direito internacional.

Elizabeth também trabalhou como professora adjunta no Centro de Direito da Universidade de Georgetown e como produtora do ABC News em Paris, França e Washington, DC.

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