Eleição nos EUA: Biden tem 14 pontos de vantagem sobre Trump, diz pesquisa
Pesquisa eleitoral mostra que candidato do Partido Democrata lidera inclusive entre grupos que costumam apoiar o Partido Republicano
atualizado
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O candidato do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, largou na frente na corrida eleitoral e tem 14 pontos de vantagem sobre o atual presidente, Donald Trump. É o que aponta a pesquisa eleitoral do New York Times/Siena College divulgada nesta quarta-feira (24/06)
De acordo com a pesquisa, Biden inicia a corrida eleitoral com 50% das intenções de voto, enquanto Trump soma 36%. A vantagem de 14 pontos porcentuais inclui preferência ao democrata em grupos que tradicionalmente votam com os republicanos.
A popularidade de Trump sempre foi contestável. Mesmo no processo eleitoral que saiu vencedor, em 2016, o presidente não atingiu a maioria no voto popular – acabou sendo eleito pela maioria no colégio eleitoral, tendo apenas 46% do eleitorado.
Além da falta de popularidade fora da extrema-direita — ala que o atual presidente costuma alimentar com discursos e atos de governo — a condução da crise do novo coronavírus e a resposta a onda de protestos contra o racismo e a violência policial foram apontados como motivos para a recusa a Trump.
Cenário favorável aos democratas
A opção por Biden é maioria entre eleitores hispânicos, mulheres e jovens. Segundo a pesquisa do New York Times/Siena College, esses grupos, que normalmente já votam com o Partido Democrata, estão dando a Biden uma margem maior do que deram a Hillary Clinton em 2016.
No entanto, a maioria entre grupos que normalmente acompanham o Partido Republicano é o que surpreende na primeira pesquisa.
Os dados apontam que Biden também é o candidato favorito entre eleitores homens, brancos e pessoas de meia-idade, grupos que foram essenciais para a eleição de Trump em 2016.
Trump só é maioria entre os republicanos (+ de 85% de vantagem em relação a Biden neste grupo), pessoas entre 50 e 64 anos (+1% de vantagem), Brancos (+1%, número que cresce para 19% se considerado apenas o subgrupo de brancos sem ensino superior), Conservadores (+32%) e Muito conservadores (+73%).