Com “Covid zero”, indústria e serviços na China caem em novembro

Os indicadores oficiais que medem as atividades de indústria e serviços na China caíram em novembro, em meio aos impactos das restrições impostas pela política de “Covid zero” adotada por Pequim.

De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (30/11) pelo Departamento Nacional de Estatísticas (NBS), o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) para a manufatura chegou aos 48 pontos neste mês, abaixo dos 49,2 pontos registrados em outubro.

O dado veio abaixo das expectativas medidas pelo consenso Refinitiv, que apontavam para um PMI de 49 pontos na China.

Quando o indicador aparece acima de 50 pontos, significa expansão da atividade. Abaixo dos 50, retração.

O subíndice de produção, por sua vez, fechou o mês em 47,8 pontos, o que corresponde a uma queda de 1,8 ponto na comparação com outubro. O subíndice de novos pedidos recuou 1,7 ponto, para 46,4.

O setor de serviços da China também recuou, com o subíndice para atividades comerciais caindo para 45,1 pontos (ante 47 pontos do mês anterior).

O PMI para o setor não manufatureiro da China chegou aos 46,7 pontos em novembro, resultado inferior aos 48,7 pontos alcançados em outubro.

Construção

O segmento de construção, por outro lado, se manteve em expansão em novembro, mas desacelerou: o subíndice de atividade empresarial caiu de 58,2 para 55,4 pontos. Já o subíndice de expectativa empresarial chegou aos 59,6 pontos.

Pacote para o setor imobiliário

Há duas semanas, o governo da China anunciou um pacote de medidas para tentar evitar o colapso do setor imobiliário do país, duramente atingido pelas restrições impostas durante a pandemia de Covid-19.

O pacote do governo chinês foi anunciado pela agência que regulamenta o setor bancário no país e pelo Banco Central da China. São 16 diretrizes que têm como objetivo promover o “desenvolvimento estável e saudável” do segmento.