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Disney processa governador da Flórida por suposta retaliação política

Disney pede que Justiça reverta decisão do governador Ron De Santis de controlar distrito onde ficam os parques temáticos na Flórida

atualizado

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Craig Adderley/ Pexels
Na foto, o castelo da Disney- Metrópoles
1 de 1 Na foto, o castelo da Disney- Metrópoles - Foto: Craig Adderley/ Pexels

A Walt Disney entrou com um processo na Justiça dos Estados Unidos (EUA) contra o governador da Flórida, Ron De Santis, nesta quarta-feira (26/4), por suposta “retaliação política”. A empresa pediu ao tribunal que anule as tentativas governamentais de controlar a área que abriga os parques de atrações no estado.

Cotado como o nome republicano para a disputa à Casa Branca em 2024, De Santis e a companhia travam uma batalha desde o ano passado, quando a gigante do entretenimento criticou uma lei, promovida pelo governador do estado, que proíbe o ensino de assuntos relacionados à orientação sexual e identidade de gênero em escolas primárias na Flórida.

Em resposta às críticas, o governador do estado designou uma junta formada por cinco supervisores do governo para retomar o controle administrativo do distrito que abriga os parques temáticos em Orlando.

A companhia, que emprega mais de 75 mil pessoas na Flórida, atua como uma espécie de “órgão independente” do Executivo local, e administra a área de 100 km² desde a década de 1960. Cobra impostos e garante serviços públicos essenciais, como coleta de lixo e tratamento de água.

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Na ação, a Disney alega que não teve outra opção a não ser proteger a equipe e parceiros de uma “campanha implacável para armar o poder do governo contra a empresa, em retaliação por expressar um ponto de vista político impopular com certos funcionários do Estado”.

Um porta-voz de DeSantis chamou o processo de “um exemplo infeliz de sua esperança de minar a vontade dos eleitores da Flórida”.

“Não temos conhecimento de nenhum direito legal que uma empresa tenha de operar seu próprio governo ou manter privilégios especiais não detidos por outras empresas no estado”, disse o porta-voz de DeSantis, Jeremy Redfern, no Twitter.

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