Com ao menos 3,5 mil mortes, terremoto é o mais fatal desde 2018

O terremoto que atingiu o sul da Turquia e o norte da Síria na manhã desta segunda-feira (6/2) foi o mais mortal desde 2018, quando um sismo e tsunami deixaram 4.340 mortos, 10.679 feridos e 667 desaparecidos, na Ilha Celebes, na Indonésia. Até a última atualização desta reportagem, os abalos desta segunda deixaram ao menos 3,5 mil vítimas, segundo informações da rede de comunicações Al Jazeera.

O sismo que atingiu regiões turcas e sírias chegou a 7,8 graus, superior ainda ao terremoto da Indonésia, que alcançou 6,1 graus. Nesta segunda, os estragos foram potencializados pelos abalos secundários, que causaram a queda de mais prédios residenciais e comerciais.

Desde junho de 2022, nenhum país sofria um terremoto tão mortal. Na data, um sismo de 6,2 graus atingiu a Linha Durand, entre o Afeganistão e o Paquistão. Foram 1.500 vítimas e 3.000 feridos. O número de mortos foi maior apenas em 2021, quando um terremoto de 7,2 graus deixou 2.248 vítimas, 12.763 feridos e 329 desaparecidos no Haiti e ilhas caribenhas da região.

O terremoto mais mortal deste século, que aconteceu em 2004 no Oceano Índico, teve 227.898 pessoas em 14 países diferentes. As ondas no mar causadas pelos abalos chegaram a 30 metros, e inundaram comunidades inteiras.

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Turquia e Síria foram devastadas por grande terremotoUgur Yildirim/ dia images via Getty Images

Terremoto na Turquia e na Síria

Operação de busca e resgate é realizada nos destroços de um prédio no distrito de Haliliye, em Sanliurfa, depois que um terremoto de magnitude 7,8 atingiu as províncias do sul de Turquia e do norte da SíriaRauf Maltas/Anadolu Agency via Getty Images

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Terremoto deixa mais de 1.500 mortos na Turquia e na Síria

As províncias de Gaziantep, Sanliurfa, Diyarbakir, Adana, Adiyaman, Malatya, Osmaniye, Hatay e Kilis, na Turquia foram fortemente afetadas pelo terremotoEren Bozkurt/Agência Anadolu via Getty Images

Operações de busca e resgate são conduzidas em edifícios desmoronados após um terremoto em Aleppo, na Síria

Operações de busca e resgate são conduzidas em edifícios desmoronados após um terremoto em Aleppo, na SíriaOmer Alven/Anadolu Agency via Getty Images

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Turquia tem história de abalos

Divulgados por volta das 21h (horário de Brasília), dados oficiais da Turquia dizem que 2.316 pessoas morreram no país, 13.293 ficaram feridas e 3.471 prédios desabaram nesta segunda-feira. Os serviços de emergência disseram que 7.340 pessoas foram resgatadas.

Pelo menos 1.293 pessoas morreram e 3.411 ficaram feridas na Síria nos terremotos de segunda-feira, disseram o governo e as equipes de resgate. Em áreas controladas pelo governo, o número subiu para 593 mortos e 1.411 feridos nas províncias de Aleppo, Latakia, Hama e Tartus, informou o Ministério da Saúde da Síria.

Em partes controladas pelos rebeldes do noroeste do país, pelo menos 700 pessoas foram mortas e mais de 2.000 ficaram feridas, de acordo com o grupo de resgate Capacetes Brancos.

Porém, os números são imprecisos e são atualizados a todo instante.

Por que a Turquia é tão suscetível a terremotos?

O abalo foi o terceiro mis forte a atingir o país, uma das zonas de terremotos mais ativas do mundo. Foram 40 réplicas após o tremor inicial, somente nas 12 horas iniciais.

Apenas no últimos 13 anos, 327 pessoas já morreram e 1.900 foram feridas em terremotos no país. O mais recente, em 2020, atingiu o Mar Egeu e causou destruição na cidade de Izmir, deixando 12 vítimas e mais de 600 feridos;