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Nasa descobre sistema solar com sete planetas parecidos com a Terra

Três desses planetas estão na zona habitável, podendo ter vida, e condições de alguns deles podem ser favoráveis para água em estado líquido

atualizado

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NASA/JPL/Divulgação
sol planetas órbita
1 de 1 sol planetas órbita - Foto: NASA/JPL/Divulgação

Nesta quarta-feira (22/2), a Nasa fez um comunicado, informando que sete exoplanetas foram descobertos orbitando uma estrela próxima, a cerca de 39 anos-luz de distância – distância relativamente pequena em termos cósmicos. Isso significa que, pela primeira vez na história, foi encontrado um sistema solar com planetas de tamanho similar ao da Terra.

Três desses planetas se encontram em uma zona habitável, e podem ter água líquida e até mesmo vida. Os outros que ficam próximos do seu sol devem ser quentes demais para ter água e os mais afastados podem ter oceanos com águas congeladas. A descoberta foi feita em parceria entre astrônomos de todo o mundo, usando telescópios da Nasa e do ESO.

A estrela anã que fica no centro desse sistema estelar, como se fosse o nosso Sol, é chamada de TRAPPIST-1, e é um pouco maior que Júpiter. Segundo a agência espacial, os astros têm massas semelhantes à da Terra e são de composição rochosa. Os maiores exoplanetas, o primeiro (por ordem de proximidade da estrela) e o sexto, são 10% maiores que a Terra. Já os menores, o terceiro e o sétimo (o mais distante da estrela), são 25% menores.

A estrela Trappist-1 é bem diferente de nosso Sol, tendo apenas 1/12 da massa do nosso Sol. A sua temperatura também é consideravelmente menor. Enquanto o sol atinge 10 mil graus Celsius, o Trappist-1 tem 4.150 graus em sua superfície.

Estudos também indicam que em ao menos seis dos planetas têm temperaturas na superfície que devem variar entre 0ºC e 100ºC. “Com as condições adequadas da atmosfera, pode ter água em qualquer um dos desses sete planetas. Principalmente em três deles, que estão em localizações privilegiadas”, explicou Thomas Zurbuchen, diretor da área de missões científicas da Nasa.

Cientistas vão continuar estudando o solo e também a atmosfera, para ver se é possível encontrar água e sinais de vida.

Este é o sistema com o maior número de planetas tão grandes quanto a Terra já descoberto, bem como aquele que tem o maior número de mundos que podem ter água líquida. A Nasa espera que, na pior das hipóteses, ao menos um dos planetas tenha temperatura ideal para a presença de oceanos de água em forma líquida, assim como acontece na Terra.

O estudo publicado na revista Nature, mostra que há chances dos cientistas encontrarem vida nesses planetas. “A descoberta nos dá uma pista de que encontrar outra Terra não é uma questão de ‘se’ [ela existe], mas de ‘quando'”,  declarou Zurbuchen, durante anúncio.

Mesmo que os pesquisadores não encontrem vida nesse sistema solar, pode ser que ela tenha a chance de se desenvolver lá. Três exoplanetas (o quarto, quinto e o sexto) são os com maior probabilidade de ter vida fora da Terra, por estarem em uma zona habitável com possíveis oceanos.

NASA/JPL-Caltech

Os astrônomos também descobriram que se uma pessoa pudesse estar na superfície de um dos planetas e de olhos no céu, veria os outros seis planetas maiores do que nós vemos a Lua. As sete novas descobertas são tão próximas que, uma possível viagem interplanetária seria feitas em dias, e não em meses ou até mesmo anos como acontece no nosso sistema.

É possível que alguns, se não todos os planetas, estejam sempre com a mesma face virada para a estrela, um fenômeno chamado de “tidal locking”, como acontece com a Lua em relação à Terra. O planeta mais próximo da TRAPPIST-1 demora apenas um dia e meio para orbitar a estrela, enquanto a Terra demora 365 dias para rodear o Sol.

NASA/JPL-Caltech
lustração de poderíamos ver os outros exoplanetas do sistema no céu

Telescópios na Terra e um telescópio espacial chamado Hubble, poderão analisar em detalhes as moléculas das atmosferas dos planetas. Nessa exploração, o Telescópio James Webb – que será lançado ao espaço em 2018 – terá papel fundamental. Ele será equipado com luz infravermelha, ideal para analisar o tipo de luz que é emitida da estrela Trappist-1.

Em 2024, quando o novo telescópio da European Space Organisation começar a funcionar, será possível saber se existe mesmo água nesses novos planetas.

Veja o vídeo de apresentação da Nasa:

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