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Minicérebro cultivado em laboratório consegue jogar videogame. Vídeo

As células cerebrais humanas a partir de células-tronco e de embriões de camundongos conseguiram aprender o jogo em cinco minutos

atualizado

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Cortical Labs/Divulgação
Minicérebro
1 de 1 Minicérebro - Foto: Cortical Labs/Divulgação

Pesquisadores conseguiram desenvolver células cerebrais em um laboratório e treiná-las para jogar videogame.

O joguinho usado no treino desta Inteligência Artificial é o Pong, que consiste em uma simulação básica dos jogos de tênis, onde uma barra tem que se movimentar a tempo de rebater a bolinha que fica em movimento na tela.

Em artigo publicado na revista Neuron, o Dr. Brett Kagan, da empresa Cortical Labs, afirma que este é o primeiro cérebro “sensível” cultivado em laboratório, em um prato.

Segundo o estudo, o minicérebro é capaz de receber informações de uma fonte externa, processá-las e responder em tempo real.

A equipe cultivou as células cerebrais humanas a partir de células-tronco e de embriões de camundongos para formar uma coleção de 800 mil.

Aprendizado rápido

O minicérebro foi conectado ao videogame por meio de eletrodos que indicavam de que lado a bola estava e a que distância da barra usada para rebater. Segundo os pesquisadores, ele aprendeu a jogar em cinco minutos.

Brett Kagan espera que a tecnologia possa vir a ser usada para testar tratamentos para doenças neurodegenerativas, como Alzheimer.

Para quê?

Os minicérebros foram produzidos pela primeira vez em 2013, para estudar a microcefalia, um distúrbio genético em que o órgão nasce muito pequeno, e desde então têm sido usados para pesquisas sobre o desenvolvimento do cérebro.

No entanto, esta é a primeira vez que eles são conectados com um ambiente externo e reagem a ele, neste caso um videogame.

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