metropoles.com

China reivindica resposta após EUA derrubar balão. Veja vídeos

China afirmou que EUA teve “reação excessiva” ao abater balão do país que entrou em território aéreo americano

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução/Twitter
Imagem colorida mostra aviões dos EUA acertando balão chinês - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra aviões dos EUA acertando balão chinês - Metrópoles - Foto: Reprodução/Twitter

Após os Estados Unidos (EUA) abaterem um balão chinês que estava em território aéreo norte-americano, o governo do país asiático reivindicou o direito de “responder mais adiante” à ação. E classificou a derrubada como “reação excessiva”.

A China reafirmou que o balão era um “dirigível civil”, ou seja, não tinha qualquer ligação com equipamento de espionagem. “Nestas circunstâncias, os Estados Unidos insistirem em usar a força armada é claramente uma reação excessiva que viola gravemente a convenção internacional”, apontou o comunicado.

“A China defenderá resolutamente os direitos e interesses legítimos da empresa envolvida e retém o direito de responder posteriormente”, continua o documento.

No sábado (4/2), os Estados Unidos (EUA) derrubaram o balão chinês, que passou os últimos cinco dias sobrevoando o território norte-americano. Mais cedo, o presidente Joe Biden se pronunciou pela primeira vez sobre o dispositivo e afirmou que o governo do país iria “se encarregar” dele.

Após a declaração do chefe de Estado norte-americano, a Administração Federal de Aviação (FAA) anunciou que interrompeu as atividades de três aeroportos na região. Os locais fechados ficam na costa leste, nos estados da Carolina do Norte e Carolina do Sul, onde o artefato estava.

O balão, do tamanho de três ônibus escolares, caiu no oceano, depois de passar oito dias sobre território norte-americano, por cerca de 6,4 mil quilômetros.

Veja vídeos da derrubada:

Tensão entre China e EUA

O balão levou a uma nova escalada de tensões entre EUA e China, culminando no adiamento de uma visita a Pequim do Secretário de Estado estadunidense, Antony Blinken. O encontro estava marcado para este fim de semana.

Em uma disputa de narrativas, o governo de Xi Jinping garantiu que o dispositivo é usado exclusivamente para fins meteorológicos, e que teria saído da rota original. O Pentágono, no entanto, não aceitou a explicação. “O propósito do balão é, claramente, de vigilância”, disse um oficial americano, que não quis se identificar.

O general Pat Ryder, porta-voz da Defesa dos EUA, na ocasião, explicou em comunicado que o balão estava em grande altitude e “não representa um risco militar ou físico” para ninguém em solo nem para a aviação civil. Até sexta-feira (3/2), não havia planos de derrubar o dispositivo, porque ainda era estudado se os destroços poderiam representar ameaça aos cidadãos em solo.

Segundo balão

Depois de a China confirmar, na quinta-feira (2/2), que um balão chinês sobrevoou os Estados Unidos, o Pentágono acusou o gigante asiático de novamente utilizar outro balão para espionagem, neste sábado (4/2), dessa vez, na América Latina.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, iria para a China neste fim de semana, mas a viagem foi cancelada. O anúncio foi feito horas antes de Blinken partir de Washington para Pequim e marca um novo golpe nas já tensas relações entre os Estados Unidos e a China.

Na última semana, um memorando vazado elevou o alerta. No documento, o general Mike Minihan, chefe do Comando de Mobilidade Aérea dos EUA, afirmou que os Estados Unidos e a China travarão uma guerra em 2025. O motivo seria uma tentativa de Pequim de tomar à força Taiwan, uma ilha autogovernada que o governo chinês não considera independente.

A pressão de Pequim sobre o território tem aumentado constantemente nos últimos anos. Sob o governo do presidente Xi Jinping, a China elevou a pressão por meios militares, políticos e econômicos.

Dois caças da Força Aérea dos EUA retiraram o balão da costa da Carolina do Norte no sábado à tarde.

 

Biden admitiu que o Pentágono sabia sobre o balão desde que ele entrou no espaço aéreo dos EUA, mas decidiu manter seu conhecimento em segredo para preservar o relacionamento sino-americano antes da reunião planejada do secretário de Estado Antony Blinken com o presidente chinês, Xi Jinping, em Pequim.

A China disse publicamente na sexta-feira que o balão era um “dirigível civil usado para fins de pesquisa, principalmente meteorológicos” que “se desviou muito de seu curso planejado”.

A entrada do balão no espaço aéreo americano não foi intencional, afirma o país.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?