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Bebê morre após mãe desistir de lutar contra o câncer para dar à luz

Carrie Deklyen e o marido, Nick, optaram por salvar a bebê, o que significava que a mãe não viveria para vê-la

atualizado

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1 de 1 aaaaaaaaaaaaaa1 - Foto: Reprodução Facebook

A história da norte-americana Carrie Deklyen já teria contornos dramáticos suficientes se ficasse apenas em sua luta contra um câncer no cérebro. Porém, ao desistir do tratamento para salvar a filha que carregava no ventre, tudo ficou ainda mais comovente.

Isso porque Carrie morreu ao dar à luz. E, apenas 14 dias depois, a pequena Life (vida, em português) também faleceu. Deklyen havia sido diagnosticada com um câncer que, com os devidos procedimentos, faria com que ela vivesse somente por mais cinco anos. Entretanto, quase 30 dias após remover o tumor, em abril, ela e o marido, Nick, receberam duas notícias: o problema tinha sido resolvido e Carrie estava grávida de oito semanas.

Após a descoberta da gravidez, ela ficou com duas opções: prolongar sua vida com a quimioterapia, dando adeus ao bebê que esperava, ou escolher a criança, sendo que ela não sobreviveria para pegá-la no colo. O casal preferiu a segunda opção por acreditarem que Life seria um presente de Deus.

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A criança nasceu às 17h30 do dia 6 de setembro, pesando 567 gramas. Carrie, 37 anos, morreu logo após a cesariana e foi sepultada seis dias depois. No entanto, outra tragédia atingiu a família: a perda de Life na quarta-feira (20).

“Carrie agora está acalentando a menina. Não tenho explicação do porquê, mas eu sei que Jesus nos ama e algum dia saberemos. A tristeza que sentimos é quase insuportável, por favor, rezem por nossa família”.

Luta

A última vez que Carrie esteve consciente foi em julho, quando o tumor voltou. Os médicos disseram a Nick que tudo o que poderiam fazer era continuar tirando o fluido acumulado no cérebro dela para aliviar a dor. Gritando e convulsionando, ela foi levada para o hospital da Universidade de Michigan ainda naquele mês.

Com 19 semana de gravidez, os médicos afirmaram que fariam o possível para manter o bebê. Deram, entretanto, um triste ultimato: Carrie provavelmente não iria acordar de novo. Se o fizesse, por conta dos danos provenientes de um acidente vascular cerebral, não seria capaz de reconhecer a família. Portanto, nos dias que se seguiram, o que a mantinha viva era um tubo de alimentação e uma máquina de respiração. Então, um novo dano cerebral apareceu e fez com que os médicos removessem uma porção do crânio por causa do enorme inchaço no cérebro.

Além das falhas no início do tratamento e da perda da esposa, Nick foi criticado por terem – ele e Carrie – posto sua fé em primeiro lugar. Nick respondeu que sua esposa desistiu da vida por Life, que ela amava os filhos. “Ela colocou minha filha acima de si mesma”, disse.

Carrie foi homenageada na igreja Ressurection Life, em Michigan, no dia 12 de setembro. “Ela foi lembrada como uma mãe amorosa, esposa, filha e amiga, que cozinhava para os vizinhos, cantava no coro da igreja, ajudava crianças no berçário e se oferecia como conselheira”.

 

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