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Alemanha tem mais de 420 extremistas islâmicos vivendo no país, diz ministro

De acordo com Thomas de Maiziere, 120 pessoas com cidadania alemã morreram apoiando o Estado Islâmico

atualizado

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1 de 1 Thomas_de_Maizière_2 - Foto: Wikipidia Commons

Cerca de 120 pessoas com cidadania alemã morreram apoiando ou lutando pelo Estado Islâmico na Síria e no Iraque, divulgou o ministro do Interior alemão, Thomas de Maiziere, em uma entrevista publicada neste domingo (22/11). Ele estima-se que existam 420 extremistas islâmicos vivendo atualmente no país.

O ministro afirmou que 760 pessoas viajaram da Alemanha para o Iraque ou para a Síria para participar de operações militares ou apoiar o Estado Islâmico e outros grupos terroristas.

“Cerca de um terço deles retornaram para a Alemanha”, disse de Maiziere para o jornal Bild am Sonntag. “Nós sabemos de 70 pessoas que participaram ativamente de batalhas ou de treinamentos e depois voltaram para a Alemanha.”

Alerta
Os comentários do ministro foram divulgados no momento em que a Alemanha e outros países da Europa estão em alerta máximo de terrorismo após os ataques em Paris que deixaram 130 mortos no dia 13 de novembro.

A maioria dos extremistas que viajam para o Iraque e para a Síria da Alemanha são homens com menos de 30 anos, que cresceram na Alemanha, de acordo com de Maiziere. Cerca de um quinto dos militantes são mulheres.

“A maioria tem cidadania alemã ou dois passaportes. Geralmente eles falam melhor alemão do que a língua do país de origem de seus pais ou avós”, disse o ministro.

Questionado sobre o temor de que extremistas islâmicos possam ter entrado na Alemanha juntamente com os milhares de refugiados que chegaram ao país este ano, de Maiziere disse que o governo está observando de perto qualquer pista que possa indicar algo suspeito.

“Há muitos indícios de que os terroristas possam se misturar com os refugiados, mas até o momento não confirmamos nada”, comentou

Redução
O ministro ainda disse que está trabalhando para reduzir o número de imigrantes que entram na Alemanha. A melhor forma de lidar com a questão, segundo ele, seria se a União Europeia concordasse em aceitar uma quota generosa de refugiados que seriam escolhidos pela Agência de Refugiados da Organização das Nações Unidas, a ACNUR. Uma proteção mais extrema das fronteiras da União Europeia também seria necessário.

“Uma quota significa automaticamente limitar o número de refugiados”, disse. A Alemanha registrou a entrada de mais de 900 mil imigrantes este ano, de acordo com o estado da Bavária.

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