metropoles.com

“A Guerra Fria voltou”, alerta o secretário-geral da ONU

Há tensão entre os EUA e a Rússia depois de Trump ameaçar disparar mísseis contra a Síria em resposta a suposto ataque químico

atualizado

Compartilhar notícia

Divulgação
imagem colorida antonio gueterres falando - metropoles
1 de 1 imagem colorida antonio gueterres falando - metropoles - Foto: Divulgação

O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou nesta sexta-feira (13/4) sobre o retorno da Guerra Fria e denunciou que a situação na Síria representa agora o maior perigo para a paz e a segurança internacionais. A informação é da EFE.

“A Guerra Fria voltou”, disse Guterres ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. A afirmação ocorreu durante reunião solicitada pela Rússia para discutir as tensões em torno da Síria, depois que os Estados Unidos ameaçaram disparar mísseis contra o país em resposta ao suposto ataque químico do último fim de semana.

O termo “Guerra Fria” refere-se ao período histórico de tensões e conflitos indiretos entre os EUA e a antiga União Soviética a partir do final da Segunda Guerra Mundial (1945) atá a extinção da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), em 1991.

Caos no Oriente
Segundo o chefe da ONU, o Oriente Médio vive uma situação de “caos” e alertou sobre o risco de que os conflitos aumentem até um ponto incontrolável. “As crescentes tensões e a incapacidade de alcançar compromissos para estabelecer um mecanismo de prestação de contas (sobre o uso de armas químicas na Síria) ameaçam levar a uma total escalada militar”, disse Guterres.

O secretário-geral disse que esta nova Guerra Fria apresenta, além disso, maior perigo, pois as fórmulas que existiam há décadas para administrar riscos já não estão presentes.

Guterres insistiu com as potências internacionais sobre a necessidade de pactuarem a implementação de um mecanismo que atribua responsabilidades pelo uso de armas químicas na Síria, algo que existiu até novembro, quando a Rússia bloqueou sua continuidade.

“Se houver impunidade, estaremos encorajando o contínuo uso de armas proibidas”, disse o líder das Nações Unidas.

Compartilhar notícia